Política

O ‘Lula perdeu a grande chance que o destino lhe deu: ser o maior estadista da história do Brasil, a ser lembrado como é Churchill na Inglaterra

04/11/2016 | Tempo de leitura: 3 min

O ‘Lula perdeu a grande chance que o destino lhe deu: ser o maior estadista da história do Brasil, a ser lembrado como é Churchill na Inglaterra, Lincoln nos Estados Unidos, ou De Gaulle na França. Mas ele optou por ser o Brahma, ganhar muito dinheirinho por fora, se juntar a empreiteiros que cantam ‘o Lula é um bom companheiro, ninguém pode negar...’. Ou seja, optou por ser canalha, cafajeste, pilantra, falastrão, ‘o mais honesto do Brasil.’ Ao invés de um panteão, Lula escolheu a lata de lixo da História. Cadeia será pouco para esse vagabundo bem remunerado.” Em 17 de outubro encontrei esse depoimento assinado por M. Shasher, publicado em blog sobre política na internet. Claro, muita gente deve ter ficado tiririca tanto com o texto, quanto com o M. Shaher, que não conheço, mas até gostaria de fazê-lo. Ficarão agora comigo, que compartilhei e publiquei tal testemunho. 
 
Durante a semana, depois das eleições municipais, perguntaram-me o motivo pelo qual não falo nem de, nem sobre política. Muito raramente o faço. Não acho assunto palatável, para começo de conversa. Política, religião, preferência por cor, papai dizia, são assuntos proibidos para quem não quer briga. Todavia, considerei, às vezes se faz preciso tocar no assunto, mesmo não sendo especialista. Não sou craque, mas sou eleitora e, como tal, posso opinar. 
 
Por ter título de eleitor, votei no Lula. Duas vezes. Sou reincidente. Votei nele pela primeira vez em 1986, para deputado federal, quando obteve a maior votação do país. Acompanhei sua atuação durante os trabalhos da Constituinte. Entusiasmada, dei-lhe meu segundo voto em 1989, talvez para comemorar a primeira eleição direta para presidente, depois da revolução. Pensando bem, votei três vezes: naquele ano houve segundo turno, votei nele novamente. Em 2002, desencantada e descrente dos seus projetos, declarações descabidas, de suas más companhias, fui de Serra. Tive certeza de que havia feito bem, ao ouvir durante seu discurso de posse a gabolice descabida de que não tinha diploma de curso superior, mas ganhara seu primeiro diploma, o diploma de presidente da República de seu país. De lá para cá, foram mentiras sobre mentiras, distorções sobre distorções de fatos. Tivesse a assessoria de imprensa competente que Lula sempre teve, eu seria considerada pela mídia alguém com porte, altura e belezura da Gisele Bündchen. 
 
Há esquemas de corrupção instalados nas nossas diversas instituições políticas. Estão espalhados por Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Câmara de Deputados — Estadual e Federal, Senado, Ministérios, Autarquias, Secretarias, salas do Palácio do Planalto. Entretanto Lula, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Fernando Collor, Roseana Sarney, Antonio Anastasia, Gleisi Hoffman, Lindberg Faria, Romero Jucá, Waldir Maranhão, Paulo Maluf, Dilma Rousseff — alguns dos nomes sujos da política brasileira que ocuparam ou ocupam espaços de mando e que preencheram, com suas indicações, aqueles que compõem as gangues internas — foram legitimamente votados e escolhidos pelos eleitores. Tornaram-se, assim, representantes meus e seus, pelo voto. Fomos responsáveis por suas escolhas, nós lhes demos poder e crédito para criarem seus monstros como José Dirceu e Antônio Palocci. 
 
A culpa não é das estrelas sermos governados por bandidos. A culpa é de quem os escolheu. De quem lhes deu voto alegando razões como aparente bondade, que passam por promessas mirabolantes de palanque, pela credulidade, para cumprir palavra diante do pedido de voto. A culpa é nossa, eleitor. Somente quando reagirmos à altura aos achincalhes, zombarias, troças, escárnios e à desfaçatez dos nossos políticos é que colocaremos o Brasil no rumo da Ordem e do Progresso. Lula e Dilma, portanto, não são os únicos responsáveis pela situação econômica, política e humana que nos coloca tão atrás diante das outras nações. Todos temos nossa parcela de culpa por nossas péssimas escolhas.
 
 
Lúcia Helena Maníglia Brigagão
jornalista, escritora, profesora - luciahelena@comerciodafranca.com.br
 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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