MP processa Expresso Gardênia por 'falta de segurança'


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Ministério Público encontrou irregularidades na frota de ônibus da empresa Expresso Gardênia que circulam pelas linhas da região
Ministério Público encontrou irregularidades na frota de ônibus da empresa Expresso Gardênia que circulam pelas linhas da região
A Promotoria de Justiça do Consumidor entrou com uma ação civil pública, no último dia 28 de julho, contra a empresa Expresso Gardênia. Na ação, o promotor Murilo César Lemos Jorge diz que, após perícias técnicas, foram encontrados elementos que apontam a contínua ocorrência de irregularidades na frota de ônibus da empresa que circulam pelas linhas de Franca com destino às cidades mineiras de Passos, Cássia e Delfinópolis.
 
O promotor pede, por meio da ação, que a Gardênia realize manutenção mecânica, elétrica e funcional periódica e satisfatória nos veículos da frota; mantenha higiene interna dos ônibus; coloque portas internas separando o motorista dos passageiros, além de manter todos os componentes dos veículos em condições adequadas de trânsito. A multa, para o caso de descumprimento das exigências, pode chegar a R$ 60 mil. 
 
Ainda na ação, o promotor afirma que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) já havia lavrado autos de infrações por a empresa trafegar em condições inadequadas durante suas operações, mas as mesmas não teriam sido eficazes, já que as irregularidades persistiram.
 
“O serviço é deficitário e falta segurança aos passageiros. Ressalte-se que não estão sendo apenas ameaçados os ocupantes dos ônibus, também correm risco de vida as pessoas que caminham ou que se encontram em outros veículos em trânsito pelas ruas e estradas.”
 
A investigação da frota da empresa surgiu após um ex-funcionário denunciar que as condições de segurança dos ônibus seriam precárias, apontando a falta de cintos de segurança; extintores sem lacres e vazios; pneus lisos; faróis com lentes quebradas; para-brisas trincados; buzina sem funcionar; falta de estepe e filtros sujos soltando excesso de fumaça. No processo, também foram anexadas reclamações realizadas por usuários da Expresso Gardênia. 
 
Para o andamento do processo, foram realizadas, pelo CAEX (Centro de Apoio Operacional à Execução), perícias que constataram as irregularidades. 
 
Ainda de acordo com o promotor, foi proposta à empresa a assinatura de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em que ela se comprometeria a solucionar os problemas apontados, mas o acordo teria sido recusado pela Gardênia.
 
Agora, o promotor aguarda a decisão da Justiça para tomar as providências necessárias sobre o caso.
 
A empresa não se posicionou sobre as irregularidades apontadas pelo Ministério Público até o fechamento desta reportagem.

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