Dia desses, após mais uma falta de educação do nosso mal educado técnico da seleção brasileira, o apresentador contemporizou dizendo: “esse Felipão é uma figura!” Discordo dele, tenho um exemplo do que seja uma pessoa “figura”: Sr. Antônio Rodrigues, o maior produtor mundial de cachaça artesanal, com empresa sediada na famosa cidade de Salinas, sertão de Minas Gerias. Ele é o proprietário das marcas Seleta, Boazinha e Saliboa. Produz 1,3 milhão de litros de cachaça ao ano e tem faturamento mensal de R$ 3 milhões.
Mas nada, nada disso mesmo parece ter produzido alguma alteração na excêntrica personalidade desse senhor, a simplicidade chega a impressionar. A casa, ou uma delas, bem poderia ser de qualquer pessoa pobre da cidade. Ele se diz um empreendedor desde os 7 anos de idade, quando ganhou uma gambá parida para cuidar. Executou com sucesso a tarefa e, desde então, associa o cheiro do gambá a coisa boa: “adoro o cheiro do gambá, toda vez que sinto esse cheiro ou eu ganho mais dinheiro ou arrumo uma namorada”.
Diz que o ano de 1976 foi um marco na sua vida, diz tê-lo passado inteiramente acordado, 180 por preocupação com dívidas e 180 contando o dinheiro que ganhara. E desde então não parou mais. E não tem como gastar o dinheiro que ganha, é demais. Diz fazer doações, prestar ajuda com remédios, até comprou 500 pipas para doar no mês de agosto!
A cachaça entrou na vida de Toni juntamente com sua primeira esposa: seu sogro era dono de um alambique. Dez anos mais tarde, Toni começava seu próprio negócio.
Toni é uma figura folclórica que parece ultrapassar o cinturão de seu enorme sucesso - ledo engano. Acho mais que mineiro gosta de fingir esse jeitinho meio bobo - diz-se por aí que fama de bobo não se desmente. Atribui- se a ele o fato de hoje termos excelentes cachaças artesanais capazes de abastecer mercados como o norte americano e o chinês. A Seleta hoje é reconhecida por fazer uma cachaça totalmente artesanal, porque faz a fermentação natural da cana de açúcar crua, depois envelhecida em barris de madeira, que são produzidos também por eles. E é esse processo que imprime sabor a cachaça, diferenciando-a da “pinga” ou aguardente.
Aliás, o próprio Toni nos ensina a identificar uma boa cachaça: coloque-a no copo e gire-a, ela deverá revesti-lo com uma película com certa untuosidade; o cheiro não pode agredir nem os olhos, nem o nariz; e deve ser translúcida, sem qualquer resíduo. E nada de dar aquele trago e fazer cara feia, é aos pouquinhos que se chega ao longe.
DICA DA SEMANA
Legumes
Ensinar uma criança a comer legumes pode ser uma tarefa fácil ou não, depende muito da criança e de seus pais. Mas um bom começo pode ser a fritura deles, ao menos ela poderá se familiarizar com o gosto e a cor dos legumes. Acho que assim fica mais fácil de aceitarem a comer, experimentar pelo menos.
Uma maneira deliciosa de prepará-los pode ser assim: abobrinhas com cascas, berinjelas sem cascas, cortadas em fatias compridas, ambas previamente escorridas (salgam-se os legumes e deixe escorrendo por cerca de 2 horas). Queijo em fatias de 3 mm. Passe as fatias numa massa para fritar e frite em pouco azeite quente, rapidinho, só para fazer aquela casquinha crocante, transfira rápido para o papel toalha. Claro, o queijo as crianças vão amar, mas acabam comendo de tudo. Pode ser um bom começo para que elas se rendam aos legumes. Experimente fazê-los assim!
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