O número de pessoas morando sob o mesmo teto em Franca encolheu nos últimos dez anos. Em 2000, segundo o Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a média da cidade era de quatro pessoas por domicílio. O resultado preliminar do Censo 2010 - que já apurou 96% da cidade - aponta que esse número caiu 25%. Hoje a média é de 2,96 pessoas por residência. São 317.556 habitantes e 107 mil domicílios. A diminuição no número de filhos, a busca pela qualidade de vida,a estabilidade econômica e até o crescimento no número de divórcios são algumas das razões para as famílias terem ficado mais “enxutas”.
O economista Luiz Carlos dos Santos avalia que essa redução do número de pessoas por casa é uma tendência verificada em todo País. “O ser humano está cada vez mais consciente e buscando uma melhora econômica. Isso tem feito com que as famílias, independente do lugar onde elas moram, se repartam mais”, disse. Quanto menos pessoas dividindo uma casa, maior a qualidade de vida. “Com poucos filhos, os pais podem dar melhores condições de assistência à família, melhorando, no geral, as condições do País, gerando menos desemprego e violência”, disse.
Para o economista, o aumento no número de separações e divórcios nos últimos anos também contribuiu para estas estatísticas. “Com o desmanche de parte da família, alguns acabam morando sozinhos e o que era uma família maior, dá lugar a duas novas famílias menores em duas casas”, disse. É o caso da atendente Valéria Raimundo, que está divorciada há quatro anos. Quando era casada, morava em uma residência com o marido e o filho adolescente. “Agora moro sozinha. Meu ex-marido mudou-se para um apartamento e meu filho casou-se no ano passado”, disse.
A grande oferta de empregos, a facilidade de financiamentos de imóveis e a infraestrutura que a cidade oferece, também ajudam a diminuir o número de habitantes por residência. “Muitas pessoas de outras cidades têm se mudado para Franca em busca de oportunidades de trabalho. Normalmente, elas vêm sozinhas primeiro”, disse o secretário de Desenvolvimento, Alexandre Ferreira.
Segundo ele, esse novo perfil de moradores é considerado um ponto positivo para a cidade. “Mostra o crescimento e o desenvolvimento de Franca. Prova que estamos acompanhando esta demanda, que temos oferta de casas, emprego e infraestrutura para esse contingente”, disse.
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