No próximo dia 25, completará oito anos que a doméstica Francisca Torres Cantanhede, 35, aluga a casa nos fundos da dos irmãos Cantanhede, no Jardim Boa Esperança. Mesmo com as contas em dia, acabou prejudicada com a atitude do proprietário. “Nesses anos todos, nunca atrasei um aluguel e agora ele me trata desse jeito. Quebra a casa sem dar qualquer satisfação.”
Francisca está indignada desde a semana passada, quando chegou do trabalho e encontrou o teto do banheiro no chão, os vasos sanitários quebrados e a água cortada. Sem ter como cozinhar, tomar banho, Francisca, o irmão e os dois filhos que moram com ela recorrem aos vizinhos. “Me sinto humilhada por ter de pedir o banheiro para minha patroa e vizinhos para fazer necessidades e nosso banho.”
A poeira levantada com a retirada das portas e telhas e a falta de água para abafá-la trouxeram problemas à saúde do filho mais velho. Djonata, 13, perdeu aulas na escola porque está com crise de bronquite. “Se o dono quer tirar a gente daqui, deveria ter sido homem e falado para eu sair. Não achei certo nem honesto o que fez.”
A moradora pretende tomar providências. “Vou levar ele (sic) na lei porque não tem direito de me colocar na rua com crianças.” Na terça-feira, ela registrou boletim de ocorrência de exercício arbitrário. O proprietário das casas deverá ser intimado pelo delegado do 3º Distrito Policial nos próximos dias. “Ele excedeu todos os direitos dele. Deveria ter solicitado uma ação de despejo na Justiça antes de fazer qualquer interferência nos imóveis”, disse a advogada de Francisca, Joelya Branquinho.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.