Um dia após o promotor de Cidadania de Franca, Paulo Borges, abrir inquérito para apurar irregularidades na prova de Direito do concurso da Câmara Municipal, o presidente da Câmara, Marcelo Mambrini (PMN), pela primeira vez, falou em “indignação” com o fato de 27 das 30 questões do exame terem sido copiadas.
Junto com o formulador das questões, José Sérgio Saraiva, e a reitora do Uni-Facef (Centro Universitário de Franca), Edna Maria Campanhol, ele foi convocado a prestar esclarecimentos no inquérito.
“Se houve alguma coisa que não saiu de acordo, não foi por parte da Câmara. Se o responsável pela elaboração copiou alguma questão, sabia o que estava fazendo”, disse Mambrini, se eximindo de qualquer culpa.
Ele repetiu que não poderia anular o concurso, mas, quando perguntado sobre a inércia diante das denúncias, Mambrini disse ter se indignado com o ocorrido assim que tomou conhecimento da cópia.
O estranho é que, até ontem, quando soube da convocação pelo MP, o presidente da Câmara nunca havia falado em indignação. Pelo contrário. Sempre que comentava sobre o concurso, dizia considerar o procedimento normal.
Sobre o fato de, mesmo diante de sua indignação, não ter tomado nenhuma atitude, Marcelo Mambrini afirmou ter se convencido dos argumentos apresentados por Saraiva.
“Ele esteve na Câmara e me convenceu de que o procedimento no concurso foi normal, por isso não tomei outra atitude”.
DEMAIS CONVOCADOS
O formulador das questões, José Sérgio Saraiva, disse, ontem, que já deu todos os esclarecimentos aos vereadores no dia 25 de julho e que os repetirá ao promotor.
Edna Campanhol não foi encontrada no Uni-Facef para comentar o caso e não respondeu a recados deixados com sua secretária ontem. (WT)
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.