O advogado e professor Roberto Nunes Rocha assumiu ontem a Secretaria de Ação Social. Discreto, limitou-se a dizer que seguirá a linha de trabalho de sua antecessora, Maria Inês Archetti (PSDB), que, por ser mulher do vice-prefeito Ary Pedro Balieiro (PTB), foi obrigada a deixar o cargo na sexta-feira, 7, em cumprimento à Lei municipal que proíbe o nepotismo (leia texto nesta página).
Nunes Rocha fez muitos elogios a Archetti e disse que será “uma grande responsabilidade” assumir seu lugar. “Não há muito o que mudar. A casa está em ordem. Será sim, um compromisso enorme continuar o excelente trabalho que vem sendo realizado. Espero corresponder às expectativas em mim depositadas.”
Em seu discurso de despedida, Archetti disse que deixa a pasta “de cabeça erguida”. “Não existe um plano meu para a Ação Social, mas um plano sério de governo que será continuado sem mim. Esse filho é nosso e agora caberá a você criá-lo”, disse para Nunes Rocha.
Archetti aproveitou para alfinetar a Câmara Municipal, que criou e aprovou o projeto antinepotismo. “Não discuto a Lei, mas sua intenção. Vou cumpri-la, mas não vou me calar. Prometo que vou fiscalizar e ajudar a melhorar nossa Câmara, agora com mais liberdade, pois farei isso como cidadã”, disse irritada. Logo depois, mais calma, voltou-se para seu marido. “De qualquer forma, agradeço por esse nepotismo. Ele tem seu lado bom, porque Ary e eu poderemos voltar a namorar. Ultimamente, só falava de política social com ele.”
COINCIDÊNCIA
O prefeito Sidnei Rocha (PSDB) aproveitou o tom descontraído utilizado por Archetti para brincar com o fato de ele e o novo secretário da Ação Social, Roberto Nunes Rocha, terem o mesmo sobrenome. Segundo ele, o fato não passa de uma coincidência.
“Não há parentesco entre nós, apenas uma grande admiração. Nem brinquem em dizer que é nepotismo”, disse, sorrindo.
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