Bancos: Agências de Franca descumprem as normas de atendimento aos clientes


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Dos oito bancos visitados pela reportagem do Comércio, apenas um apresentou atendimento eficiente, o Santander Banespa.
Dos oito bancos visitados pela reportagem do Comércio, apenas um apresentou atendimento eficiente, o Santander Banespa.
Filas longas e uma espera incômoda. Em oito agências bancárias visitadas pela reportagem do Comércio nos primeiros dias desta semana, uma constatação: passar menos de 20 minutos em uma fila ordenada por senhas, sentado em uma cadeira confortável e com banheiros públicos à disposição está longe de ser realidade em Franca. Dos oito bancos visitados, apenas um apresentou atendimento eficiente, o Santander Banespa. Além do desrespeito ao cliente, o tratamento descumpre leis municipais. A Divisão de Fiscalização de Obras e Posturas da prefeitura já notificou 30 bancos em toda a cidade, que teriam de ter se adequado às normas até o dia 20 de maio. Três leis municipais impõem normas para a operação dos bancos. A 9/95, do vereador Luiz Carlos Fernandes (PDT), obriga as agências a disponibilizarem banheiros para os clientes. A 98/98, do então vereador Jaime Batista (PT), estipula limites de tempo de espera para o atendimento: 20 minutos em dias normais e 30 em dias de véspera ou posteriores a feriados prolongados. Regra mais recente, a 142/95, de Marcelo Mambrini (PMN), determina a instalação de aparelhos de retirada de senhas e assentos para a população se acomodar enquanto aguarda. A legislação vem sendo ignorada por praticamente todos os bancos de Franca. Entre as oito agências visitadas do Centro da cidade pelo Comércio (Banco do Brasil, Bradesco - Praça da matriz -, Caixa Econômica Federal -Praça da matriz - , HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real e Santander Banespa), sete descumprem os tempos de espera, três não possuem cadeiras, três não disponibilizam senhas e cinco não têm sanitários para uso público (veja quadros abaixo). A única adaptada a todas as exigências da legislação foi a do Santander Banespa. Mas a eficiência exibida pelo banco no atendimento aos clientes não foi a mesma no atendimento à imprensa. Funcionários da agência atenderam pronta e simpaticamente à reportagem, mas não obtiveram autorização da assessoria de comunicação da empresa em São Paulo e, por isso, não puderam falar sobre a política de qualidade da empresa. DE OLHO A Divisão de Fiscalização de Obras e Posturas da prefeitura já notificou 30 agências bancárias na cidade. De acordo com o chefe da Divisão, Air Fontanesi, no dia 20 de abril os fiscais da prefeitura visitaram os bancos e constataram as irregularidades. Um auto de intimação foi enviado a cada uma das unidades para que passem a cumprir as regras. As notificações foram encaminhadas para o Ministério Público, que havia cobrado o cumprimento das leis no dia 4 de abril. Alguns bancos recorreram, alegando que estão funcionando de acordo com normas do Banco Central. Foram os casos do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e do Real. O prazo estipulado para a adaptação das agências venceu em 20 de maio. O chefe da Divisão de Fiscalização promete enviar equipes de fiscais de volta às unidades bancárias na próxima semana. “Era para termos visitado os bancos nesta semana, mas não foi possível. São 13 funcionários para toda a cidade. A partir da próxima segunda-feira voltaremos a fiscalizar”. Colaboraram Renata Modesto e Paula Faciroli

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