Valdir morava há mais de 20 no mesmo endereço na Vila Santa Efigênia e era muito querido pelos vizinhos. A notícia de sua morte foi recebida como uma verdadeira bomba pelos amigos. Em poucos minutos, dezenas de pessoas se juntaram diante de sua casa. O trânsito foi interrompido e a polícia enfrentou dificuldades para trabalhar diante da aglomeração formada.
O comentário dos populares se dividia entre homenagens ao comerciante e indignação com a falta de segurança. Alguns chegaram a pedir a pena de morte para os assassinos. Outros reclamavam da falta de policiamento. “Valdir e eu crescemos juntos. Há muitos anos era sua freguesa no varejão. Estava na igreja quando fui informada de sua morte. Ficamos todos muito assustados com tanta violência. É um absurdo o que está acontecendo”, disse a funcionária pública Josefina Ferreira de Almeida, 54.
O também comerciante José Roberto Fernandes, 41, é outro amigo de longa data de Valdir. Ele fez questão de ir à casa para confortar os familiares. “É muito triste o que está acontecendo. Ele era um homem muito bom e trabalhador. Hoje em dia está difícil trabalhar. Perdemos o sossego e ninguém faz nada. A polícia quase não passa pelas ruas de nosso bairro”.
A revolta dos vizinhos só era quebrada quando parentes de Valdir chegavam à residência. O momento mais dramático foi quando a mãe da vítima entrou desesperada na casa. Ainda sem saber que o filho havia morrido, ela pedia, desesperada, por socorro. “Chamem os bombeiros e os médicos logo. Vamos, vamos”. Nem os policiais souberam o que fazer neste momento. Minutos depois, a mulher foi informada da tragédia e se desesperou. “Meu Deus do céu. Não acredito. Ele não está morto. Meu filho era muito bom. Porque foram matá-lo?”.
O corpo de Valdir será velado no Centro Comunitário da Vila Santa Efigênia. O sepultamento acontecerá às 16 horas no Cemitério da Saudade, com trabalhos da Funerária Tedesco.
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