CEF flagra vigia furtando cartões do Bolsa Família


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“Nós o demitimos por justa causa”, disse o gerente Márcio Junqueira
“Nós o demitimos por justa causa”, disse o gerente Márcio Junqueira
Um funcionário da CEF (Caixa Econômica Federal), Agência Centro, lesou dezenas de famílias beneficiárias do Bolsa Escola e Bolsa Família, programas de transferência de rendas do governo federal destinados a pessoas carentes. A instituição detectou que, pelo menos, 15 pessoas tiveram o pagamento descontado indevidamente, mas o número pode ser ainda maior. O responsável pelos saques criminosos é o vigia, o homem encarregado de cuidar da segurança da instituição. Ele já foi demitido por justa causa e responderá a processo na Polícia Federal. O crime foi descoberto no dia 23 de março, quando três beneficiários foram até a agência retirar seus cartões que possibilitam o pagamento dos recursos. Os cartões haviam desaparecido e sido usados para liberar o dinheiro destinado às famílias carentes. Diante do ocorrido, o gerente Márcio Junqueira abriu procedimento interno para apurar o desaparecimento dos cartões. Ao assistir a fita do circuito interno de TV, a surpresa: “Constatamos que o vigia usava os bilhetes para sacar indevidamente o dinheiro. Ele deve ter se aproveitado de um descuido dos funcionários do setor do caixa e subtraído os cartões. Infelizmente, o encarregado de evitar que pessoas estranhas tivessem acesso aos locais restritos acabou cometendo o crime”. O acusado efetuou os saques em quatro dias alternados durante o mês de março. No total, pegou R$ 2,1 mil de maneira ilícita. A Caixa pagou os valores desviados a todos os beneficiários lesados e deverá cobrar a quantia junto à firma para a qual o criminoso prestava serviços. O vigia trabalhava para uma empresa terceirizada e estava na agência havia oito meses. Ele já trabalhou em outras agências da Caixa em Franca e nunca havia levantado suspeitas. Na tarde de quinta-feira, 30, ao certificar-se de que ele era o responsável pelos crimes, o gerente solicitou apoio da Polícia Civil para desarmá-lo. “A princípio, ele negou, mas diante das evidências, confessou e disse ter achado os cartões. Nós o demitimos por justa causa”, disse o gerente. Como não houve flagrante, o vigia responderá a processo em liberdade. Por se tratar de um crime contra o governo federal, a Caixa remeterá o caso para apreciação da Polícia Federal.

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