Vigilante flagrado na rodovia com sete pássaros silvestres


| Tempo de leitura: 2 min
Observado por policiais rodoviários, o vigilante Germino Oliveira aguarda registro de ocorrência na delegacia: crime ambiental prevê multa e detenção
Observado por policiais rodoviários, o vigilante Germino Oliveira aguarda registro de ocorrência na delegacia: crime ambiental prevê multa e detenção
O vigilante Germino Francisco Oliveira, 62, foi preso ontem pela Polícia Rodoviária de Franca. Ele transportava pássaros silvestres de maneira clandestina. A polícia suspeita que as aves seguiam do interior de Sergipe para serem vendidas no mercado negro em São Paulo. A prática configura crime ambiental e prevê uma pena de seis meses a um ano de reclusão mais multa de até R$ 1,8 mil. O vigilante negou a acusação. O flagrante se deu às 11 horas na Rodovia Cândido Portinari, diante da base operacional da polícia. O soldado Revelino e o cabo Claus efetuavam fiscalização de rotina na pista quando resolveram abordar um microônibus. Durante a revista, eles encontraram uma bolsa preta de náilon e resolveram abri-la. Em seu interior havia três alçapões com sete pássaros, sendo seis galos-de-campina e um azulão, o qual está em extinção. As aves estavam viajando há dois dias dentro da bolsa, sem água, sem ar e apenas com uma pequena porção de alpiste. Entrevistado pelo Comércio, Germino disse que adquiriu os pássaros na cidade de Lagarto (SE). “Os bravos, eles me deram, já os mansos, pagaria com uma televisão 20 polegadas zerinho na caixa”. Ele negou que fosse vendê-los. “Levaria para criar em casa”. Ninguém acreditou. O galo-de-campina, conhecido na Amazônia por tangará, é considerada uma das mais belas aves da região. Com fama de cantor, é treinado e vendido a preços elevados. Devido à qualidade, é o preferido por traficantes. Cada exemplar é comercializado a atravessadores por cerca de R$ 500. No mercado internacional, o valor pode até quadruplicar. O acusado foi apresentado no 4º DP e liberado após prestar depoimento. Os pássaros foram apreendidos pela Polícia Ambiental. “Eles passarão por perícia para sabermos se podem ser soltos no meio ambiente. Caso contrário, serão entregues a criadores habilitados”, disse o tenente Gilson. O tráfico de animais silvestres no Brasil representa a terceira maior atividade ilícita do mundo, em termos de recursos mobilizados, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas.

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários