OPERAÇÃO GRYPHUS

PF fecha cerco contra grupo que usava Viracopos para o tráfico

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/PF
Organização criminosa aliciava brasileiros para levar drogas à Europa usando voos internacionais a partir de Campinas.
Organização criminosa aliciava brasileiros para levar drogas à Europa usando voos internacionais a partir de Campinas.

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (27) a Operação Gryphus, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas, com atuação a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. O grupo é acusado de aliciar brasileiros para transportar entorpecentes em voos comerciais com destino à Europa, especialmente para Lisboa, Portugal.

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As investigações começaram após duas prisões em flagrante realizadas em 2023, envolvendo uma mulher de 41 anos e um homem de 25 anos, ambos interceptados no momento do embarque com drogas. A PF apurou que os dois foram recrutados por uma mesma associação criminosa, que conta com apoiadores no Brasil e no exterior.

Com base nas provas reunidas, a Primeira Vara Federal de Campinas expediu cinco mandados de busca e apreensão, cumpridos nos estados do Paraná (nas cidades de São José dos Pinhais e Pinhais) e Santa Catarina (Camboriú e Itajaí). Também foram decretadas duas prisões preventivas de suspeitos que estão atualmente na Europa. Os nomes não foram divulgados.

Os alvos da operação no Brasil são quatro homens e uma mulher, apontados como responsáveis pelo aliciamento e custeio das despesas das viagens internacionais dos “mulas”. Em um dos casos, a polícia identificou o uso de documentos falsificados, inclusive um passaporte, para que um dos investigados — já procurado por tráfico e organização criminosa — conseguisse deixar o país clandestinamente.

Como medida adicional, a Justiça determinou o cancelamento dos documentos falsos e a inserção dos mandados na difusão vermelha da Interpol, permitindo a cooperação internacional para localizar e prender os foragidos.

A operação foi batizada de Gryphus, em referência à criatura mitológica grega com corpo de leão e cabeça de águia, símbolo de vigilância e força, uma alusão direta ao trabalho fiscalizatório realizado no Aeroporto de Viracopos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, com penas que podem ultrapassar 35 anos de prisão.

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