VOTAÇÃO

Vereadores votam projeto que autoriza sepultamento de animais em cemitérios de Campinas

Por Higor Goulart | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Higor Goulart/Sampi Campinas
Cemitério da Saudade: se projeto for aprovado, local pode receber sepultamento de animais
Cemitério da Saudade: se projeto for aprovado, local pode receber sepultamento de animais

A Câmara Municipal de Campinas vota, durante sessão nesta quarta-feira, 14, em segundo turno, o PLO (Projeto de Lei Ordinária) que autoriza o sepultamento de animais domésticos em cemitérios municipais. De autoria do Executivo, o PL tem "aprovação" de 87% da população.

A proposta leva em consideração o sofrimento das pessoas pela perda do animal de estimação. “Grande parte da nossa população é tutora de animais e Campinas ainda não possui uma destinação correta e humanizada para os animais domésticos. Políticas de bem-estar animal refletem diretamente na qualidade de vida de todos os cidadãos”, explicou Enrique Lerena, presidente da Setec.

Conforme o PL, poderão ser sepultados os animais de família que possuem jazigos nos cemitérios municipais. Os restos dos animais poderão ser retirados do espaço após dois anos.

Além disso, serão autorizados os sepultamentos de animais com até 120 quilos e que a morte não tenha sido causada por doenças transmissíveis ao ser humano.

Diversos vereadores também destacaram a importância da proposta. Afinal, é uma forma de reconhecer a importância dos animais na vida da população. “É uma forma mais digna, honrosa e amorosa de se lidar com um companheiro que muitas vezes acompanhou toda a vida daquela pessoa que está sofrendo pela perda dele”, afirmou o vereador Paulo Haddad (Cidadania).

Consulta pública
Antes de enviar a proposta à Câmara Municipal, a Setec realizou, no final de 2022, uma consulta pública. Na pesquisa, mais de 87% das pessoas que responderam são favoráveis à ação e 85,4% favoráveis ao sepultamento no jazigo da família.

“Fui uma das munícipes que votou positivamente para esta iniciativa. Acho que estamos tendo uma mudança muito grande na composição das famílias e em relação ao papel dos ‘pets’ em cada núcleo familiar”, disse a médica veterinária, Mariana Avancini Milano.


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A presidente da ONG Anjos de Rua, Luíza Grande, concorda com a ideia e segue a mesma linha da Administração Municipal. “Acredito que uma opção pública é viável e importante para as pessoas que têm esses animais, para dar um fim digno e com conforto pra eles. Até para evitar que enterrem os animais em locais que não são apropriados”.

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