A família da jovem Isabela Tiburcio Fermino vai lançar, neste sábado, um livro de poesias escrito pela garota. No dia 24 de janeiro, ela estava estava comemorando o aniversário de uma prima na Lagoa do Taquaral, em Campinas, quando foi atingida por uma árvore e morreu no local.
O livro, chamado Poesias de Isabela, vai ter uma tiragem inicial de 500 exemplares. Ele traz diversos textos escritos pela garota ao longo dos seus sete anos de vida. "Minha filha, assim como eu, era muito ansiosa. Um dia a mãe dela elogiou as poesias e disse que quando tivesse mais textos, iria publicar um livro. Não deu outra, e naquele dia mesmo a Isa escreveu outras cinco poesias", contou o pai Sérgio Luís Fermino.
"Na Escola Estadual Fisico Sergio Pereira Porto, ela estava desenvolvendo seu maravilhoso potencial intelectual, ela era uma aluna nota 10. Na Igreja Batista do Cambuí ela recebeu as oportunidades de demonstrar seu dom musical", justificou.
Isabela começou a ser alfabetizada em casa aos quatro anos de idade por conta da pandemia. Sérgio contou que a garota sempre foi muito esperta e conseguiu aprender rápido a ler e escrever. Nesta época, ela já começou a escrever algumas poesias.
"Teremos o prazer de eternizar e deixar ao alcance de todos, toda gentileza, amor, carinho, alegria, delicadeza, amizade, criatividade e inteligencia da Isa, em formato de poesia. Palavras que irão tocar seu coração com a percepção de uma menininha que relatava em versos, seu feliz universo infantil. Cada poesia foi baseada em algum momento vivenciado por ela", continuou.
O caso
Isabela estava acompanhada dos pais na área de churrasqueira, próximo aos pedalinhos, comemorando o aniversário de sua prima, quando a árvore caiu.
A vítima chegou a receber todos os cuidados no local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O pai não sofreu ferimentos na hora do acidente, mas foi encaminhado para uma unidade de saúde. A mãe da menina entrou em estado de choque. Ambos foram levados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Padre Anchieta.
A Lagoa do Taquaral passou dois meses fechada após o acidente. Os laudos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e do IB (Instituto Biológico), órgãos ligados ao governo do Estado de São Paulo, apontaram que a queda da árvore foi por causa do encharcamento do solo.
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