OPINIÃO

Polícia e criminalidade no Brasil

Por Roberto Carlos Simões Galvão, professor de sociologia na educação básica |
| Tempo de leitura: 1 min

Não é salutar para uma democracia que um mesmo partido político permaneça no poder por mais de uma década.

Democracia exige alternância no poder.

Por longos anos o Partido dos Trabalhadores vem ocupando a Presidência da República, além de importantes cargos em Secretarias e Ministérios.

Isso favorece a formação de uma ideologia esquerdista na sociedade, algo que se faz notar, por exemplo, em políticas públicas de fomento aos direitos humanos.

Nesse contexto, qualquer deslize cometido pelos agentes do Estado ganha proporções exageradas, com grande repercussão na imprensa.

O mesmo não acontece diante do aumento do índice de criminalidade no país. Na cidade do Rio de Janeiro os criminosos dominam diferentes bairros da periferia.

Dezenas de jovens, traficantes de drogas, são frequentemente flagrados empunhando armamento de grosso calibre em confronto com a polícia.

Não apenas no Rio de Janeiro, bandidos com vasta ficha criminal continuam livres em razão de uma legislação penal branda, presente em um país onde não há pena de morte, nem prisão perpétua.

Mesmo no caso de crimes hediondos - como os cometidos por Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga - as criminosas ganharam a liberdade muito antes do esperado. Comparativamente, no caso de um "simples" latrocínio, a pena tende a ser ainda menor.

No lado oposto ao crime estão os policiais. A grande mídia aparenta ter optado pelo silêncio no que diz respeito ao número de policiais mortos em serviço.

Encontrar dados estatísticos referentes ao número de policiais mortos no cumprimento do dever é tarefa difícil no país. Toda a atenção parece estar voltada para os eventuais excessos cometidos pela polícia.

As políticas de fomento aos direitos de criminosos, a legislação penal ultrapassada e a incompetência dos governantes, fazem do Brasil um país reconhecido mundialmente como um dos mais violentos.

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