EM 1º TURNO

Câmara aprova PEC do corte de gastos do governo

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A segunda votação deve ocorrer ainda nesta quinta.
A segunda votação deve ocorrer ainda nesta quinta.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (19), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/24, que busca reduzir despesas obrigatórias da União. O texto recebeu 344 votos favoráveis e 154 contrários.

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Entre as medidas previstas na PEC estão:

  • redução progressiva do público beneficiado pelo abono do PIS/Pasep;
  • prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU);
  • limite para vinculação de receitas a despesas além dos tetos definidos pelo arcabouço fiscal.

Ainda hoje, os parlamentares devem analisar um requerimento para dispensar o intervalo de cinco sessões, possibilitando a votação em segundo turno.

A PEC, que faz parte do pacote do governo para conter o crescimento de despesas obrigatórias, foi elaborada para ampliar os recursos destinados a despesas discricionárias, como investimentos. O texto aprovado foi apresentado pelo relator, deputado Moses Rodrigues (União-CE), após consenso com lideranças de grandes partidos.

Mudanças no Fundeb e supersalários

Um dos pontos centrais da proposta envolve alterações no uso de recursos do Fundeb e a regulamentação de supersalários. Apesar de críticas, o relator destacou que as mudanças permitirão o aumento de matrículas em tempo integral e melhorias na alimentação escolar.

Acordo e destaques

Líderes do governo e da oposição concordaram em retirar a restrição sobre deduções de renda para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pois o tema será tratado no Projeto de Lei 4614/24, que será votado posteriormente.

Outro destaque rejeitado buscava impedir o redirecionamento de 10% dos recursos da complementação da União ao Fundeb para matrículas em tempo integral. A proposta foi derrotada com 349 votos contrários.

Debate no plenário

O relator Moses Rodrigues defendeu que a ampliação das matrículas em tempo integral elevará os investimentos em educação. “Se em 2024 serão R$ 4 bilhões, até 2026 o valor deve chegar a R$ 10 bilhões”, afirmou.

Por outro lado, parlamentares como o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) criticaram a proposta, alegando que o redirecionamento dos recursos pode prejudicar o pagamento de professores.

Impacto fiscal

O vice-líder do governo, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), alertou que o pacote de ajuste fiscal do governo pode não ser suficiente para equilibrar as contas públicas, destacando o crescimento da dívida pública desde dezembro de 2022.

A PEC segue agora para a votação em segundo turno, com expectativa de avanços na tramitação ainda nesta quarta-feira.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias

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