HOMICÍDIO BRUTAL

Família de Márcia se revolta com crime: Vão pagar por bem ou mal

Por Da redação | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Moises Luciano
Passeata na Comunidade Água Quente pede justiça por Márcia
Passeata na Comunidade Água Quente pede justiça por Márcia

A família da jovem Márcia Karina Gonçalves, 25 anos, está revoltada com o crime que tirou a vida da garota, que era muito querida na Comunidade Água Quente, em Taubaté.

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Com grau severo de autismo, Márcia foi encontrada morta em um terreno baldio da cidade, com o corpo carbonizado, na última quinta-feira (28). A polícia suspeita que ela tenha sido estuprada antes de ser assassinada.

O crime revoltou familiares e a comunidade do bairro onde Márcia morava. No sábado (30), moradores saíram às ruas da Água Quente para pedir justiça por Márcia. Eles pediram solução para o caso, que comove a região.

“Vão pagar por bem ou por mal”, escreveu um familiar de Márcia nas redes sociais.

“Vamos gritar por ela, por justiça. Não pode ficar sem punição. Vamos descobrir quem ceifou a vida da nossa Márcia Karina. Mães, mulheres, nossa voz tem que agir”, disse Leila Gardeli. “Justiça seja feita, tanta maldade”, lamentou Alessandra Naves.

Diversas outras pessoas se manifestaram nas redes sociais em protesto ao crime que tirou a vida de Márcia.

“Márcia cresceu no bairro Água Quente onde todos a conheciam desde pequenininha. Era indefesa, carinhosa, gostava de beijos e abraços e sempre andava com suas bonecas pela rua. Ela nunca fez mal a ninguém para ter partido de uma forma tão violenta e brutal. Queremos Justiça”, disse Karol Gouvêa.

Marli Candido escreveu: “É de cortar o coração, toda alegre e feliz pelo presente. E vem um demônio e faz uma covardia dessa com ela, que dó, que a justiça seja feita. Uma hora a conta chega pra quem fez isso com ela”.

“Como alguém é capaz de fazer o que fizeram com ela. Como é difícil ser mulher no Brasil. Todo castigo para estuprador é pouco, meus sentimentos à família”, afirmou Selma Weverton.

Morte brutal.

O calvário de Márcia começou no último sábado (23) quando ela foi com a mãe ao pronto-socorro. Mãe e filha saíram da unidade por volta de 23h, quando a filha disse que iria encontrar-se com amigos no bairro Esplanada Santa Terezinha, onde ela e a mãe moravam.

“Ela disse que não iria beber, porque tinha tomado os remédios. Ela me beijou e disse que voltava ‘daqui a pouco’. Foi a última vez que a vi com vida”, disse Maria Auxiliadora Silva, a Dora, mãe de Márcia.

Ela contou que a filha a beijou e disse que “voltava logo” ao despedir-se dela na noite de sábado. Não voltou mais.

“Como ela tinha o costume de fazer isso, não vi problema. Ela queria refrescar a cabeça, me deu um beijo e levou uma boneca com ela. Ela andava com boneca porque o sonho dela era ter filho. Ela foi e não voltou mais”, completou Dora.

Na quinta-feira (28), a família recebeu a notícia de que o corpo da jovem havia sido encontrado. Márcia estava com um pedaço de pano dentro da boca, o que levanta a suspeita de que ela possa ter sido abusada sexualmente antes de ser morta. A Polícia Civil investiga o caso.

“A polícia disse que ela já estava morta na terça-feira de manhã. Não sei quem foi e ela nunca foi para o Parque Aeroporto. Ela não saía sem me dizer aonde ia”, disse Dora, que tem outro filho e netos. Foi o irmão quem reconheceu o corpo de Márcia.

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