A Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou, por unanimidade, em sessão extraordinária nesta terça-feira, 12, o projeto de lei que proíbe o uso de celulares por alunos em sala de aula, tanto em escolas públicas quanto particulares.
A deputada estadual Delegada Graciela (PL) afirmou que São Paulo se antecipou na discussão do tema, enquanto a secretária municipal de Educação, Márcia Gatti, levantou questões sobre como os aparelhos serão armazenados nas escolas. As declarações foram feitas nesta quarta-feira, 13, no programa A Hora É Essa!, da Rádio Difusora AM 1030 kHz.
“Foi uma votação simbólica. É um projeto que está sendo discutido não só no âmbito estadual, mas também no federal. Há pesquisas que mostram os prós e contras do uso do celular. Acho que São Paulo se adiantou nessa questão”, disse Graciela.
Proposto pela deputada estadual Marina Helou (Rede) e assinado por outros 42 parlamentares da Casa, o texto veda a utilização de dispositivos eletrônicos com acesso à internet, como celulares, tablets e relógios inteligentes, durante o período letivo, incluindo intervalos entre as aulas, recreios e eventuais atividades extracurriculares. A exceção é quando os professores autorizarem o uso para fins pedagógicos.
Os estudantes que levarem seus aparelhos para as escolas deverão deixá-los armazenados, sem a possibilidade de acessá-los. Os protocolos de recolhimento dos celulares serão discutidos pelo Governo do Estado com as secretarias municipais de Educação, ponto levantado por Márcia Gatti.
“Guardar na própria mochila seria bastante complicado para que o professor consiga garantir que o aluno não terá acesso ao aparelho em nenhum momento da aula. Como seria esse armazenamento? Também precisamos proteger esse patrimônio individual, porque, na verdade, esse aparelho tem um dono. Não vai ser simples pensar nessa logística”, disse a secretária.
Apesar das dificuldades a serem enfrentadas para a implantação do projeto de lei na prática, a secretária acredita que a medida será benéfica para o aprendizado dos estudantes. “Os nossos alunos da rede municipal são pequenos e ainda respeitam a autoridade do professor. Quando o professor pede, eles guardam o aparelho. Mas, é claro que, além da sala de aula, isso virou um vício. Na verdade, o uso excessivo de telas impacta as tarefas de casa, o contraturno e as oficinas curriculares que oferecemos”.
“A gente percebe que o aumento do tempo de tela já vem trazendo um efeito acumulativo nas atividades. Não temos essa estatística na Rede Municipal, mas acredito que essa medida trará uma melhoria na atenção e na capacidade de concentração, e, consequentemente, nas habilidades dos estudantes”, completou Gatti.
A Seduc (Secretaria Estadual de Educação) informou que o projeto de lei segue agora para análise do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que terá 15 dias úteis para se manifestar.
Comentários
7 Comentários
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joel tavares 14/11/2024Boa tarde ! Sou professor e acho uma decisão muito valida a proibição em sala de aulas, mas acho que estão passando mais uma responsabilidade para o corpo docente da escola ter que ter local apropriado para guardar aparelhos . Quando essa responsabilidade deveria ser passada aos pais, se é proibido ou melhor sempre foi, os professores saem roucos da sala de aula de tanto chamar a atenção. Os pais teriam que ter a responsabilidade, de nem deixar levar e se acaso esse filho obediente chegasse a levar na escola o celular ,o pai teria que ir lá buscar o aparelho. -
AGNALDO NATALINO PEREIRA DE SOUZA 14/11/2024Traidora! Quem é essa Graciela? Quem é ela para abrir a boca e falar em educação? Em todos os projetos de lei criminosos do Tarcínico e de seu algoz Feder ela votou contra os professores. Ontem na ALESP ela votou a favor do corte de 12 bilhões da educação paulista. Em 2020, na votação que destruiu a carreira do magistério ela votou a favor e contra o professores. Professor com vergonha na cara nunca mais deveria votar nessa senhora.
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Darsio 14/11/2024Fico a pensar como um aparelho conseguiu imbecilizar milhões de seres humanos. Pais e filhos não dialogam, o sujeito se cola no celular 24 horas e esquece outras importantes dimensões da vida e, tudo isso é normal? Sei não, mas nos transformamos em um mundo de zumbis. Portanto, é importante restringir o uso do aparelho nas escolas, mas muitos pais também deveriam condicionar o uso do aparelho em casa. E, que tal começar conversando mais com os filhos, ouvindo-os e os incentivando aos estudos? E, até mesmo comparecer a uma reunião de pais e mestres, algo que a maioria não faz e, provavelmente o celular ocupa esse tempo.
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Darsio 14/11/2024São Paulo não foi pioneiro, pois a cidade do Rio de Janeiro já havia feito mesmo. Mas, não deixa de ser elogiável essa decisão da Assembleia paulista. A questão que gera incerteza é se essa lei realmente vai pegar e, como os aparelhos ficarão armazenados de modo que os alunos não possa ter acesso a eles? Afinal, já havia uma lei que proibia o uso de celulares para fins não pedagógicos, mas que na prática não surtiu qualquer efeito, pois a todo momento os alunos, mesmo que disfarçadamente, os utilizavam para propósitos nada relacionados a aula. Afinal, guardavam o aparelho na mochila, sob a carteira, na bolsinha de canetas, debaixo do caderno, sobre as pernas, ou seja, não se separavam do aparelho e, o professor a todo momento fazia papel de trouxa e até mesmo recebia ameaças ao advertir os alunos. E, por fim existe também a necessidade que o próprio professor não utilize o seu aparelho em sala, pois ele deve ser o exemplo.
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Valeska 13/11/2024Esses deputados só querem aparecer usando temas polêmicos,vivemos na era tecnológica e nada mais valioso do que educar professores e alunos para utilizar a tecnologia a favor da educação,
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Valeska 13/11/2024Eata senhora com certeza não sabe nada sobre educação para emitir opinião sobre o tema,ela não sabe que durante a pandemia as crianças aprenderam utilizando telefones,não se deveria proibir os telefones mas preparar os professores para utilizar os aparelhos como ferramenta pedagógica e muito valiosa
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Teodoro 13/11/2024Essa senhora quando era delegada de polícia pois pilha no Estatuto do Desarmamento e tomou muitas armas de muita gente, fez o certo, o que eu não entendo é que ela agora anda de mãos dadas com os partidários da liberalização de armas e dentro do partido mais fisiológico da paróquia, digo, do congresso. Isso é que é fisiologia, mesmo, né?.
