A Emdurb recuou da decisão de proibir o estacionamento na avenida Nossa Senhora de Fátima. Nesta quinta-feira (7), a empresa publicou uma nota informando que vai flexibilizar o estacionamento nos quarteirões de 5 a 20 na via, no sentido centro-bairro, a partir de segunda-feira (11). Veículos poderão estacionar das 9h às 16h e das 19h às 6h, de segunda a sábado. Aos domingos e feriados, o estacionamento será livre durante o dia todo.
"A medida visa conciliar o comércio local e ao mesmo tempo desafogar o trânsito nos horários de pico. Na primeira semana de implantação da permissão, agentes do GOT vão orientar os motoristas. Ao mesmo tempo, será feito um acompanhamento do fluxo de veículos na avenida, para observar se o estacionamento não está afetando a fluidez do trânsito. Caso a medida funcione, deverá ser implantada em definitivo. Caso prejudique o trânsito, será reavaliada", completou a Emdurb na nota.
A mudança ocorreu após uma reunião entre comerciantes e Emdurb, realizada nesta quinta com o presidente Donizete do Carmo dos Santos. O recuo, porém, dividiu os comerciantes que se mobilizaram pelo retorno integral das vagas de estacionamento. Conforme noticiou o JC na semana passada, os empresários da avenida se uniram para pressionar a Emdurb pois temiam uma redução brusca da clientela por conta da proibição. Eles destacaram, inclusive, que até a carga e descarga de mercadorias seria prejudicada.
Após o anúncio da flexibilização da proibição, parte dos comerciantes se deu por satisfeito. É o caso de Jefferson Lima que, aliás, participou da reunião de ontem. "Para mim, como empresário, foi muito bom. Atende o que eu preciso e fiquei satisfeito. Não conseguimos tudo que queríamos [mudança do eixo da avenida], mas agora temos um equilíbrio", diz.
Para Jefferson, a conversa com a Emdurb levou as mudanças a um ponto que permitiu o desafogamento do trânsito, sem prejudicar o comércio. Ele destaca o apoio do vereador Pastor Bira (Podemos), além dos parlamentares eleitos André Maldonado (PP) e Arnaldinho Ribeiro (Avante).
Por outro lado, o comerciante Wanderley Freitas, 59 anos, ficou completamente insatisfeito com o novo modelo. Para ele, a medida é paliativa e não deveria ter sido tomada sem antes testar o funcionamento do trânsito com as vagas liberadas em período integral.
Ele destaca, inclusive, já ter tido prejuízo com um comércio localizado em uma via que teve o estacionamento proibido repentinamente. "Não aguentei e precisei mudar de endereço", narra.