O processo de concessão do sistema de esgotamento sanitário em Bauru apresenta critérios subjetivos e é mal estruturado, afirma Percy Soares Neto, sócio da Ikigai Consultoria Percy Soares Neto.
“O processo licitatório [em Bauru] também adota o critério de avaliação técnica sem critérios objetivos claros para a atribuição de notas, o que gera fragilidades e questionamentos quanto à transparência do julgamento das propostas”, afirma o texto.
“Além disso, há um pedido para que os participantes descrevam o problema enfrentado hoje pelo município, o que, na prática, deveria ser de pleno conhecimento de quem promove a licitação, pois é base para justificar sua realização, conforme previsto pelas normas legais”, complementa.
Segundo o especialista, cabe ao Poder Público esmiuçar o problema – até para justificar o motivo pelo qual está concedendo o serviço.
O caso é semelhante ao que aconteceu em Marília, destaca o texto.
“[O processo de concessão em] Marília ilustra as complexidades de processos mal estruturados e teve a adesão apenas de um licitante no processo”, pondera.
“A cidade, que busca conceder o serviço de saneamento à iniciativa privada, recebeu inúmeras contribuições da Sabesp e dos demais operadores relevantes do saneamento para que fossem corrigidas todas as distorções, fragilidades e subjetividades que claramente levariam a distorções concorrenciais do leilão”, comenta. Nenhuma correção foi feita, prossegue.
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