ELEIÇÃO 2024

Na Assenag, Gazzetta defende a pacificação e ressalta suas obras

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
André Fleury Moraes
Gazzetta (à direita) foi sabatinado na noite de terça-feira (25)
Gazzetta (à direita) foi sabatinado na noite de terça-feira (25)

Candidato à Prefeitura de Bauru de última hora pela federação "Brasil da Esperança", que reúne PT-PCdoB-PV, o ex-prefeito Clodoaldo Gazzetta (PV), terceiro colocado nas urnas em 2020, diz que a prefeita Suéllen Rosim (PSD) "surfa" em obras que começaram em seu governo e garantiu que não buscará um segundo mandato caso eleito - segundo ele, "é hora de pacificar a cidade".

O ex-prefeito foi o sexto sabatinado do Fórum de Engenharia, Urbanismo e Cidade, promovido pela Assenag, SEESP, IAB e Crea-SP, com apoio deste JC, e disse que a candidatura era a última opção e que nem a família o apoiou num primeiro momento.

"Mas depois, quando começaram os programas [horário eleitoral gratuito], minha filha e minha esposa viram que tudo o que o atual governo anunciou como conquista começou na minha gestão. E ganhei apoio", citou.

Entre essas obras, por exemplo, está a futura "Vila do Cerrado", área na região do Jardim Europa credenciada para receber 401 residências do programa "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal. Ele mencionou ainda a escola Prof. Valéria Dalva de Agostinho, no Jardim Ivone, e os poços da Praça Portugal e do Distrito Industrial 3.

Gazzetta entrou no jogo há cerca de duas semanas, depois que Ricardo Crepaldi (PV) renunciou à disputa ante o risco de não reverter decisão de primeiro grau que rejeitou sua candidatura. "Está corrido", admitiu.

O ex-prefeito até elogiou a atual mandatária e disse que Suéllen Rosim (PSD) acertou ao investir em zeladoria urbana. Disse, porém, que faltou planejar o restante. "Veja a Saúde. A Saúde está um caos. Um verdadeiro caos", repetiu.

"Olha quanta gente está morrendo em UPA por falta de vaga. Isso não acontecia em nosso governo. Basta comparar", acrescentou Gazzetta. "Eu inaugurei três unidades de saúde. Quantas foram inauguradas desde que saí?", perguntou.

O ex-prefeito disse também que a atual gestão vai na contramão de outros municípios ao apostar num hospital municipal. Lembrou do período em que Davi Capistrano esteve à frente da pasta e descentralizou o atendimento para os bairros. "Não equipam as UPAs e ainda querem centralizar tudo num hospital", criticou.

Para ele, a iniciativa resolve em nada o problema. "E ainda é preciso lembrar que o hospital, se viabilizado, vai entrar no sistema SUS e receber pacientes de toda a região", pontuou Gazzetta.

O candidato comentou também o problema em torno da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Vargem Limpa e disse que, se eleito, buscará um acordo com a COM Engenharia, antiga empreiteira responsável pela obra e com quem Suéllen rompeu contrato.

"Em vez de ficarmos 20 anos discutindo quem está certo na história [a ETE foi judicializada], buscarei a COM e vou sugerir um acordo para finalizarmos a estação. Depois discutiremos eventuais erros ou omissões", garantiu.

O ex-prefeito também criticou a falta de água em Bauru e afirmou que, se Suéllen tivesse seguido com rigor o Plano Diretor de Águas (PDA), o problema de abastecimento não aconteceria. "É lei. Eu transformei [o PDA] em lei. Descumprir o plano enseja crime de responsabilidade", alertou.

Gazzetta mencionou ainda que a produção hídrica sob seu governo chegou a 670 metros cúbicos por hora e hoje não passa dos 560 metros cúbicos por hora. "A prefeita fez seis poços. Acertou em três. Depois achou que poderia furar [poço] em qualquer lugar e deu no que deu. Óbvio que iria faltar água", comentou.

Segundo o ex-prefeito, sua prioridade ao assumir um possível mandato será encerrar o processo de concessão do esgoto - "eu nunca vi você fazer concessão com dinheiro em caixa", disse - e que também retomará as tratativas para implementar o instituto de planejamento, espécie de banco de projetos que projeta a cidade a curto, médio e longo prazo.

Um projeto na Câmara chegou a ser votado em primeira discussão, mas não mais andou pelo advento da pandemia, em 2020. "Poderia ter enviado antes", admitiu.

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