CASO LEONARDO

Assassinos estudaram rotina e hábitos de advogado para matá-lo

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Leonardo Bonafé foi executado em Taubaté
Leonardo Bonafé foi executado em Taubaté

A investigação sobre a execução do advogado Leonardo Bonafé, 25 anos, revela que os criminosos estudaram os hábitos e a rotina da vítima parta praticar o crime. Ele foi alvo de uma tocaia na manhã da última quarta-feira (28), quando chegava para trabalhar em seu escritório, em Taubaté.

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Leonardo é filho do advogado Flávio Bonafé, candidato a prefeito de São Luiz do Paraitinga pelo MDB. As hipóteses são crime político ou vingança relacionada à atividade de Leonardo como advogado criminalista, a mesma do pai.

Os matadores sabiam de antemão o horário de chegada ao trabalho de Leonardo, que foi surpreendido por um carro quer emparelhou com o dele. De dentro do veículo, os criminosos dispararam contra o advogado. A ação durou quatro segundos.

Leonardo morreu com nove perfurações a bala, de acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais). Os tiros atingiram a cabeça, o tronco e o braço do jovem advogado. A execução foi filmada por uma câmera de vigilância (veja o vídeo).

Ele foi morto às 10h09, na rua Newton Vasconcellos, bairro Parque Três Marias, quando chegava para trabalhar no escritório Bonafé & Bonafé, que mantinha em sociedade com o pai.

No vídeo, um Jeep Renegade preto emparelha-se com o carro de Leonardo às 10h09 e a ação dos criminosos é rápida, em quatro segundos, até o momento em o carro dos criminosos acelera e deixa o local. A rapidez da ação confirma que os criminosos sabiam de antemão a rotina do advogado.

“No cenário foi possível levantar informações de que um veículo preto, em tese, um Jeep/Renegade, estaria esperando a vítima chegar ao seu trabalho. Informações colhidas indicaram que a vítima tinha o costume de chegar ao local por volta das 10h para trabalhar. Quando a vítima estacionou o veículo, antes mesmo de conseguir sair, tal veículo teria pareado com o carro da vítima e desferido disparos que ceifaram sua vida”, diz o boletim de ocorrência.

O veículo usado no crime foi encontrado queimado pela polícia na zonal rural da cidade, na estrada das Sete Voltas. O Renegade era um carro dublê, com a placa clonada. A origem do veículo está sendo investigada pela polícia, além de outros veículos que possam estar envolvidos na ocorrência.

“Todos os tiros, a princípio, atingiram a cabeça, tronco e braços da vítima. A perícia localizou um projétil na porta traseira do passageiro da direito (ainda sem clareza quanto ao calibre), o qual foi arrecadado e apreendido. Por oportuno, não foram localizados cápsulas e/ou estojos no local”, diz o BO.

“Foram solicitados exames ao IC (Instituto de Criminalística) e ao IML (Instituto Médico Legal). O celular do advogado e o seu veículo foram apreendidos e o caso foi registrado como homicídio na DEIC de Taubaté. As diligências visando à identificação da autoria e esclarecimento dos fatos seguem em andamento”, informou a Polícia Civil. O corpo de Leonardo foi enterrado na quinta-feira, em São Luiz do Paraitinga, sob forte comoção e participação de uma multidão.

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