CASO CLAUDIA

Custódia mantém prisão de Roberto e buscas pelo corpo seguem

Por Mateus Ferreira | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Guilherme Matos
A movimentação é intensa desde ontem na sede da Deic
A movimentação é intensa desde ontem na sede da Deic

Em audiência de custódia realizada na manhã desta sexta-feira (16), foi mantida a prisão de Roberto Franceschetti Filho, principal suspeito pelo desaparecimento da secretária-executiva da Apae Bauru Claudia Regina Rocha Lobo. A Polícia Civil já trabalha o caso como homicídio e segue em busca do corpo dela, nesta tarde. Por enquanto, não há indícios de que haja uma segunda pessoa envolvida na ocorrência, informou o delegado titular da 1.ª Delegacia de Investigações Gerais (1.ª DIG) da Deic de Bauru, Cledson Luiz do Nascimento.

De acordo com ele, a equipe trabalha com a possibilidade de morte por conta do estojo apreendido dentro do veículo da entidade onde Claudia entrou antes de desaparecer, que coincide com a arma dele, apreendida nesta quinta. No mesmo veículo, também havia sangue. Por fim, o tempo transcorrido sem notícias da secretária executiva reforçam a  hipótese, destacou o delegado.

A Deic manterá as buscas pelo corpo na área delimitada pelo rastreamento do celular de Franceschetti no dia do desaparecimento de Claudia. Ontem, a procura ocorreu especificamente em um terreno usado pela Apae para descarte de materiais inservíveis, situado na região alvo das diligências mantidas hoje. A expectativa para esta sexta-feira é levantar alguns elementos objetivos que facilitem a procura, uma vez que é vasta a região de mata.  

Por enquanto, Roberto Franceschetti Filho ainda não foi formalmente ouvido, o que acontecerá depois que os advogados dele tiverem acesso ao inquérito, agora em sigilo. A defesa, no entanto, deverá entrar com pedido de relaxamento da prisão - decretada ontem e respaldada por imagens de câmeras de segurança. Elas mostram o presidente da Apae com Claudia no dia em que ela foi vista pela última vez, no último dia 6.

A Polícia Civil também obteve interceptações telefônicas que registram o aparelho celular dele na região onde a Spin conduzida pela funcionária antes de desaparecer foi encontrada, na Vila Dutra.

Em nota à imprensa, o titular da 1.ª DIG revelou que todas as evidências apontam que Claudia foi morta na tarde do dia em que desapareceu. Segundo ele, o resultado do exame balístico que irá confrontar a arma apreendida com o estojo localizado deve ficar pronto nesta sexta.


RELEMBRE O CASO


Claudia Lobo não é vista desde a tarde do último dia 6, quando deixou a unidade da Apae onde trabalha, na rua Rodrigo Romeiro, no Centro, com uniforme, segurando um envelope na mão, e embarcou em uma Spin branca da entidade. A bolsa e o celular dela ficaram sobre sua mesa e ela não avisou ninguém para onde iria. A entrada da secretária executiva no veículo foi registrada por câmeras de segurança.

O desaparecimento foi registrado na noite do mesmo dia. Já a Spin foi localizada na manhã seguinte, destrancada, com a chave no quebra-sol, na quadra 5 da alameda Três Lagoas, na Vila Dutra. O veículo passou por perícia e, durante os trabalhos, segundo a Polícia Civil, foram encontrados "vestígios de interesse" relevantes para as investigações, que a reportagem apurou ser sangue no banco traseiro.

Na última sexta-feira (9), a Polícia Civil informou que iria solicitar ao Judiciário a decretação de segredo de justiça em relação à investigação. 

Com a decisão, o acesso aos documentos ficou limitado apenas aos policiais civis da equipe de Investigação de Homicídios. Além do sigilo, também foi solicitada a decretação do segredo de justiço do procedimento sob a justificativa da "natureza dos crimes a serem investigados, o sucesso da investigação, o interesse público e a conveniência da instrução criminal".

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Claudia pode entrar em contato pelos telefones (14) 99875-0050, (14) 99660-1147 ou 197 (Polícia Civil).

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