Criadas em reação à Emenda Constitucional que proibiu o instituto das coligações às eleições para cargos legislativos - deputados e vereadores -, as federações partidárias juntam dois ou mais partidos num único instrumento por quatro anos. Mas demonstram fracasso já no seu primeiro biênio, quando das eleições municipais.
Que o digam os dirigentes dos partidos que compõem federação em Bauru. Carlos Ladeira e Caio Coube, do PSDB, admitiram na conversa com o JC que a ideia deu errado. "Isso gerou muita confusão nos âmbitos municipais", dizem.
Outro aspecto negativo, afirma Ladeira, é o fim da autonomia dos partidos municipais. "Tudo tem de ser resolvido lá em cima, mesmo coisas pequenas. Não sei se federações vão acabar, mas o fato é que não têm funcionado", acrescenta.
Todas as três federações hoje vigentes enfrentaram problemas em Bauru. O colegiado PSOL-Rede, por exemplo, vai lançar Marcos Chagas (PSOL) à prefeitura sem apoio fechado da segunda agremiação, que vai liberar seus filiados para apoiarem candidatos com quem têm mais afinidade.
Já no grupo PT-PCdoB-PV o racha é ainda maior, com reviravolta sobre a candidatura petista de Cláudio Lago dando lugar ao PV de Clodoaldo Gazzetta.