Vivemos tempos estranhos, caros leitores. Tempos em que os influenciadores de mentes fracas se tornaram os novos ídolos de uma geração que parece ter perdido o rumo. Tínhamos ídolos que nos ensinavam a vencer, a escrever nossa própria história. Nos incentivavam a explorar o mundo com humor leve e sem apelação. Hoje a inspiração deu lugar a um espetáculo de superficialidade.
A internet, com todo o seu potencial de democratização da informação, virou palco para figuras que nada contribuem para o desenvolvimento intelectual ou moral da sociedade. Vemos mulheres se transformando em homens. E não, não estamos falando de uma questão de identidade de gênero, mas de uma substituição de valores. Estão vendendo seus corpos ou suas fotografias pela internet, ganhando milhões e arrastando consigo uma legião de seguidores vazios de sentimentos, perdidos em uma busca por validação superficial.
Os homens, por sua vez, disfarçados de mulheres, se infiltram em várias frentes, tomando o espaço que deveria ser, de fato, das mulheres. Elas lutaram anos para ocuparem e, agora, vêm homens usando falsos conceitos para estarem ali. Alguns não se deram bem entre homens, mas, são mais competitivos quando disputam com ELAS. Este cenário só reforça a confusão de papéis e a falta de autenticidade de nossa sociedade.
E o que dizer dos bons escritores? Aqueles que, com suas palavras, poderiam inspirar e transformar, ficam esquecidos em prateleiras empoeiradas. Em contrapartida, os "influenciadores" abrem a boca para falar besteiras, São replicados como se fossem modelos de conduta. O estúpido está sendo difundido, glorificado em velocidade assustadora. E não é só a juventude que sofre com isso. Todos nós estamos sendo afetados por essa onda de mediocridade. A solução? Simples na teoria, difícil na prática. Troquem os likes por leitura de qualidade. Deixem de seguir os idiotas que se tornaram os novos "ídolos". Cuidem de suas mentes, alimentem-nas com conteúdo que realmente faça a diferença. Voltemos aos tempos em que os ídolos eram pessoas que nos inspiravam a ser melhores, a buscar o conhecimento, a respeitar nossos pais, nossos patrões, nossos professores.
É um apelo para que retomemos o controle sobre nossas próprias vidas. Que sejamos os escritores de nossa sina, como outrora éramos incentivados a ser. No fim das contas, a qualidade dos ídolos que escolhemos reflete diretamente na qualidade de nossa própria existência.
Se continuarmos nessa trajetória, permitindo que o vazio e a superficialidade ditem as regras, estaremos condenando as futuras gerações a uma existência sem substância, sem propósito. Convido todos a uma reflexão profunda. Vamos reconsiderar nossas escolhas, nossas influências. Vamos exigir mais, tanto de nós mesmos quanto daqueles a quem escolhemos admirar. Se quisermos um futuro melhor, precisamos começar a construí-lo agora, com mentes críticas e corações sensíveis ao verdadeiro valor das coisas.
