Lençóis Paulista - O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis (CBH-RL) informou que, na tarde de domingo (12), foi emitido alerta hidrológico de baixos volumes de deflúvio no rio Lençóis. Esse alerta significa que, desde então, o rio passou a drenar seu "volume morto", estando com as suas cotas de montantes abaixo das cotas mínimas nominais.
Segundo o órgão, essas alterações foram constatadas por medições de vazões e comparações com cotas nominais dos últimos vinte anos e, também, em razão das alterações físico-químicas da água do rio Lençóis.
Quando soube da situação preocupante, o presidente do CBH-RL e prefeito de Macatuba, Anderson Ferreira, determinou que fossem tomadas todas as medidas de comunicação junto às empresas da região e demais signatários do Comitê.
Também foi comunicado à geradora de energia elétrica que usa o rio como unidade hídrica de trabalho, ao serviço de saneamento ambiental de Lençóis Paulista e às industrias para que adotem medidas preventivas de mitigação de riscos.
O presidente da Câmara Técnica, o biólogo Guilherme Marson Moya, determinou monitoramento das curvas de permanências hidráulicas das cotas de montantes das contribuições de Agudos e Borebi para acompanhar a evolução da situação.
O CBH-RL diz que o quadro vem se agravando desde quando as cotas anuais de 2023 fecharam deficitárias. "Desde quando começaram as medições pluviométricas, em 1917, é a primeira vez que déficits ultrapassam 1.000 mm antes do período de estiagem", revela. "De janeiro até meados de maio, os déficits acumulados registrados são de 1.300 mm".
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