EDUCAÇÃO

10 mil professores decidem ampliar a mobilização e marcam greve geral para 14 de maio

A deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT), segunda presidente da Apeoesp, disse que se sente “orgulhosa da categoria'.

Por Da Redação | 26/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Divulgação Apeoesp

Categoria aprovou calendário visando ampliar o movimento, com visitas a escolas
Categoria aprovou calendário visando ampliar o movimento, com visitas a escolas

Em assembleia promovida pela Apeoesp, em São Paulo, nesta tarde de sexta-feira (26), mais de 10 mil professores da rede estadual de ensino decidiram ampliar a mobilização em defesa do magistério paulista e contra os ataques do governador Tarcísio de Freitas à educação pública. A assembleia foi realizada em frente à Secretaria Estadual da  Educação, na Praça da República, e reuniu professores de todas as regiões do Estado.

A categoria aprovou calendário visando ampliar o movimento, com visitas a escolas e construção de uma “greve dos aplicativos”, para boicotar a opressão e o assédio moral das plataformas digitais e robotização do processo educativo, visando a preparação da greve geral no dia 14 de maio, com nova assembleia às 16 horas, no MASP.

A sexta-feira também foi marcada por paralisações nas escolas estaduais de todo Estado e atingiu diversos estabelecimentos de ensino em Piracicaba, com pelo menos cinco escolas tendo paralisação de 100%. Conforme levantamento da Subsede da Apeoesp, a paralisação foi total  nas Escolas Estaduais “Professora Carolina Mendes Thame”, “Felipe Cardoso”, “Professor Jethro Vaz de Toledo”, “Professora Olívia Bianco”, “Barão do Rio Branco”, enquanto que em boa parte delas ocorreu paralisação parcial.

A deputada estadual piracicabana Professora Bebel (PT), segunda presidente da Apeoesp, disse que se sente “muito orgulhosa da categoria". "Mais de 10 mil professoras e professores estiveram em frente à sede da Secretaria Estadual da Educação e com grande combatividade e muita maturidade, os milhares de participantes analisaram a mobilização que obtivemos nas escolas desde 15 de março, o crescimento do movimento e a perspectiva de que essa mobilização pode se ampliar ainda mais rumo à uma greve realmente forte, representativa e que reflita a vontade de cada professor e de cada professora”, destaca Bebel.

Com data-base em primeiro de março, na campanha salarial deste ano, os professore reivindicam reajuste do piso nacional no salário base e os 10,5%bloqueados no STF, assim como emprego, salário e direitos para a categoria O, estabilidade da categoria F para os professores categoria O,  pagamento imediato do ALE (adicional de local de exercício), fim das plataformas digitais, fortalecimento do IAMSPE, contra o corte de verbas da educação, não às escolas cívico-militares, a convocação e efetivação de todos os professores aprovados no concurso realizado no ano passado, uma vez que a rede estadual de ensino tem um déficit de 100 mil professores e a devolução do que foi confiscado dos aposentados e pensionistas, com a reforma da previdência estadual.

Bebel faz duras críticas ao governador do Estado, Tarcísio de Freitas. Para ela,  a defasagem salarial e os ataques aos  direitos dos professores são parte da política de extrema-direita do governo governador Tarcísio de Freitas e do secretário Renato Feder. “Somente com muita pressão os professores conseguirão reverter os ataques ao magistério paulista e à educação pública de qualidade”, diz, conclamando a categoria a se engajar no movimento que está se fortalecendo em todo Estado.

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