NEGOCIAÇÃO

Movimento invade área em Bauru e PM negocia desocupação após seis horas

Cerca de cem integrantes do Movimento Nacional de Lutas (MNL) fizeram ato para pressionar o governo a agilizar a regularização fundiária de terras na região

Por Lilian Grasiela | 20/04/2024 | Tempo de leitura: 1 min
da Redação

Lilian Grasiela

Major Gustavo Cardoso Xavier, sub-comandante interino do 4º Batalhão de Caçadores, explicou que não foi necessário uma ordem judicial de reintegração
Major Gustavo Cardoso Xavier, sub-comandante interino do 4º Batalhão de Caçadores, explicou que não foi necessário uma ordem judicial de reintegração

Cerca de cem integrantes do Movimento Nacional de Lutas (MNL) invadiram, na manhã deste sábado (20), área particular às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), a Bauru-Marília, em Bauru, na altura do quilômetro 352. Após cerca de seis horas de negociações com a Polícia Militar (PM), o grupo deixou o local.

O major Gustavo Cardoso Xavier, sub-comandante interino do 4º Batalhão de Caçadores, explicou que não foi necessário uma ordem judicial de reintegração porque o proprietário da área acionou a PM assim que a invasão ocorreu e as primeiras viaturas chegaram no momento em que as barracas ainda estavam sendo erguidas.

Segundo ele, a negociação com o grupo para a desocupação foi pacífica e, às 16h, todas as famílias já haviam deixado o local. "A gente tinha que atuar para garantir o direito do proprietário e garantir o cumprimento da lei", afirma. "Uma mediação sem utilizar a força sempre é o nosso principal objetivo", completa.

As famílias, de assentamentos da cidade e região, chegaram ao terreno por volta das 10h. O  líder do MNL, Ricardo Terra, alega que a área está improdutiva há mais de 50 anos e ressalta que essa mobilização busca pressionar o governo a agilizar a regularização fundiária de terras na região e oferecer melhores condições para os assentados.

"O governo do Estado é contra a luta da reforma agrária", diz. Após negociação com a PM e contato com integrante do Incra, ele conta que o grupo optou por deixar o local. "Para não haver conflito, a gente vai sair pacificamente", declara. "A gente está voltando para casa e esperamos um resultado do Incra sobre essa questão".

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