OPINIÃO

“Quem não lê, não escreve”

Por Arnaldo Ribeiro | 17/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

O autor é jornalista, contador, formado em Gestão Pública e foi secretário do Desenvolvimento Econômico de Bauru por duas vezes

De uma conversa muito agradável com o professor Leopoldo Zanardi e o palestrante Moisés Rossi, neste último domingo, na livraria do C.E.A.C. entre outros assuntos comentamos que os jovens de hoje têm 40% menos extensão vocabular do que um jovem americano no High School dos anos 50. Isso é: a juventude atual conhece menos palavras do que deveria. Um número que deve ser refletido e combatido.

A cultura atual, muito pautada pelo uso de redes sociais e menos por leituras profundas, como a de livros e jornais, deixa suas marcas. Isso é preocupante sob o ponto de vista do entendimento de mundo, e tem impactos também no futuro do mercado de trabalho.

Não é segredo para ninguém que a Inteligência Artificial já faz parte de muitas profissões, e estará a cada mais integrada no nosso meio. Em nossa resenha lembramos que muitas profissões ainda estão para surgir. E para o uso pleno da Inteligência Artificial, precisa de instruções claras e objetivas. Para isso, o usuário tem que ter um vocabulário que o permita operar o sistema em sua plenitude. Percebem o problema? Para poder ter o uso e resultado da I.A. é necessário ter vocabulário, se o jovem não sabe a diferença entre afrontar, defrontar e confrontar, teto e abobada, ficará difícil ter o total aproveitamento dessa ferramenta.

Esse é um desafio ao qual precisamos estar atentos, e que vai muito além da inteligência artificial. Na verdade, aqui no Brasil, temos um desafio de qualificação e cultura muito grande.

Estamos evoluindo, mas precisamos entender que a inovação é um processo com vários aspectos. Esse processo está em andamento e precisa ser fomentado, seja com iniciativas para os profissionais que já estão no mercado de trabalho, seja para as nossas crianças que irão com certeza enfrentar desafios tecnológicos no futuro. E nessa viagem de inovação, lembrei novamente das orientações do meu velho e saudoso pai , que dizia sempre: "Quem não lê, não escreve".

O sugerido artigo não teria melhor lugar para fluir, dentro de uma livraria, com os amigos Moisés Rossi e o querido professor Leopoldo Zanardi, pessoas do bem que trazem sempre palavras de conforto e sabedoria.

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