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Como evitar incontinência urinária?

Urologistas listam hábitos que levam a problemas para controlar a urina

14/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Médico alerta que é preciso estar atento aos sintomas da doença em pacientes
Médico alerta que é preciso estar atento aos sintomas da doença em pacientes

Urologistas do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE-SP) fizeram um alerta após observarem um aumento de casos de incontinência urinária entre mulheres jovens. O problema já é alto entre as mais velhas, com estimativas que chegam a 45% das acima de 40 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. No comunicado, divulgado pelo governo paulista, os especialistas explicam que a incontinência urinária é um quadro caracterizado por qualquer perda involuntária de urina.

Ela pode ser de urgência, mais grave, quando não é possível chegar no banheiro a tempo, ou de esforço, quando ocorre em momentos como atividade física, durante uma tosse ou um riso. Existem algumas causas para a maior prevalência do problema nas mulheres, entre elas o fato de a uretra, tubo que transporta a urina da bexiga para fora do corpo, ser mais curta, e a musculatura que contrai essa região ser mais frágil.

Durante a gestação, por exemplo, o aumento da pressão abdominal na área é um fator que pode levar à incontinência. No entanto, os urologistas do HSPE-SP destacam que o crescimento observado nas queixas entre mulheres jovens está provavelmente ligado a fatores de estilo de vida, como passar muito tempo sentada durante o dia segurando a urina.

FISIOTERAPIA

Especialistas explicam que o ideal é, a cada 3 ou 4 horas, fazer uma pausa para ir ao banheiro. A orientação vale tanto para mulheres quanto para homens e ajuda também a evitar casos de infecção urinária. Além disso, os médicos citam que o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas, a obesidade, a má alimentação e o sedentarismo também contribuem para o problema. Um método para prevenir a incontinência é a fisioterapia específica para o fortalecimento do assoalho pélvico.

RECORRÊNCIA

A urologista do HSPE-SP Lorella Auricchio alerta que, em caso de recorrência de perda de urina, é importante buscar um médico para receber o devido diagnóstico e orientação de tratamento. "É preciso ter atenção se a situação é recorrente. É muito comum ver que as pessoas normalizaram o escape de urina, mas é preciso investigar o problema, que pode estar associado a outras doenças. Às vezes, mudança nos hábitos já ajuda, mas há casos que necessitam de cirurgia para tratamento definitivo, visando melhorar a qualidade de vida do paciente", afirma a médica, em nota.

Infecção: quais são as causas e como é feito o diagnóstico

A causa infecciosa na maior parte das vezes é bacteriana, podendo porém, ser causada por fungos. Quando adquirida na comunidade, a infecção urinária é geralmente causada pela bactéria Escherichia coli (70% a 85% dos casos), seguido por outros tipos como o Staphylococcus saprophyticus, espécies de Proteus e de Klebsiella e o Enterococcus faecalis. Já quando adquirida em ambiente hospitalar, os agentes são bastante diversificados, predominando as enterobactérias, embora a E. coli também seja uma das mais frequentes. No caso da cistite, geralmente são necessários (1) Urina rotina, (2) Urocultura (Exame definidor do diagnóstico), e (3) Antibiograma.

Estes dois últimos exames permitem saber qual a bactéria específica está acometendo o paciente, e a qual antibiótico ela é sensível. Mesmo que o tratamento seja iniciado antes dos seus resultados, o médico poderá confirmar ou modificar sua decisão inicial, com respaldo adequado. No caso da pielonefrite, além destes exames já citados, podem ser necessários outros exames: Hemocultura e exames de imagem (Ultrassonografia, Tomografia computadorizada ou Ressonância Magnética). Reforçando que sempre, o exame clínico pelo médico é fundamental para fundamentar a hipótese diagnóstica.

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