BAURU

Rafael Mauricio enfrenta dificuldades e aguarda prefeitura para definir futuro

Educação estuda a possibilidade de instalar uma escola na sede da entidade; locação amenizaria problema financeiro do Lar

31/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Reprodução

Lar ainda mantém quatro internos sob sua responsabilidade
Lar ainda mantém quatro internos sob sua responsabilidade

Com quatro internos sob sua responsabilidade, o Lar Escola Rafael Mauricio depende de uma posição da Prefeitura de Bauru para definir seu futuro. Diante de dificuldades financeiras, a entidade filantrópica com mais de 60 anos de história luta para continuar prestando serviços a pessoas com deficiência.

É possível que seu prédio seja aproveitado para acolher uma Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei), que atenderia 300 crianças. O Lar, porém, aguarda um relatório da Secretaria Municipal da Educação que dirá se realmente o espaço poderá ser reaproveitado.

Presidente da entidade há alguns meses, Henrique Ferreira Lima Rosa, 41 anos, conta ter assumido o posto em um momento de "placar no zero a zero e a bola no meio de campo", se referindo a algumas pechas que a instituição precisou se livrar nos últimos anos. Neste processo, porém, o quesito econômico não melhorou. "Só conseguimos pagar a única funcionária. Às vezes, nem dinheiro dos mantimentos para os internos temos", conta.

A possibilidade da sede tornar-se escola é uma esperança. Em fevereiro deste ano, Rosa conseguiu agendar uma visita de Nilson Ghirardello, titular da Educação, para avaliar a possibilidade da Prefeitura de Bauru alugar o Lar Escola Rafael Maurício. Essa seria a maneira para que os quatro internos continuassem residindo no local. Eles permaneceram na entidade porque se recusaram a deixá-la, quando os acolhidos foram redistribuídos para outras instituições em 2009.

"Se não conseguirmos esses apoios, teremos de deixar o espaço e alugá-lo para a iniciativa privada. Isso seria uma perda para a comunidade bauruense, pois não poderíamos mais oferecer alguns serviços sociais", destaca Henrique. Ele faz menção ao Instituto Elas, Regenerando Vidas e às aulas do mestre de kickboxing Thiago Vianna, que usam o prédio.

ESTRUTURA

Durante a passagem pelo Lar, o secretário apontou que o prédio precisaria de pintura e manutenção no telhado para receber os alunos. Estes e todos os outros apontamentos do documento deverão ser corrigidos com recursos próprios da entidade, o que não deixa de ser fonte de preocupação, embora alguns empresários tenham demonstrado interesse em apoiar a reforma por meio de parcerias.

O espaço conta 25 salas vazias (com capacidade para 50 alunos cada, segundo Henrique), quadra poliesportiva, lavanderia, cozinha e até piscina. "A demanda por vagas na prefeitura é grande e uma escola ali na região facilitaria bastante as coisas para eles", afirma.

AUXÍLIO

Os internos do Lar contam com apoio de outras iniciativas beneficentes para continuar residindo na instituição localizada na Quinta da Bela Olinda. Caso o espaço se torne escola, eles passariam a mora em algumas casas que ficam nos fundos.

Ao JC, a prefeitura afirmou que está avaliando a situação física do prédio, uma vez que o mesmo só pode ser locado se estiver em perfeitas condições de uso, incluindo AVCB.

"A Secretaria da Educação está elaborando um relatório com as medidas necessárias para o eventual aluguel do espaço, para a abertura de Emei, bem como o número de vagas a serem oferecidas", complementa finaliza nota enviada.

Atividade realizada no Lar Escola, no Dia das Crianças de 2023
Atividade realizada no Lar Escola, no Dia das Crianças de 2023

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