As residências em Bauru já abrigam, em média, menos de três moradores, confirmando uma tendência nacional de redução dos núcleos familiares, seja pelo menor número de filhos, pela maior aceitação dos divórcios na sociedade ou pela capacidade dos idosos em manter sua autonomia e vida ativa por mais tempo. Assim, tornaram-se cada vez mais comuns lares em que a mãe mora com o filho único ou onde um casal da Terceira Idade vive sozinho, sem precisar de assistência permanente de familiares.

Os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) refletem esta transformação. Em Bauru, a média chegou a 2,65 moradores por domicílio, uma queda expressiva frente ao patamar de 2010, de 3,09 habitantes. No Censo de 2000, a média era de 3,49 residentes.

O índice de Bauru também é inferior ao estadual, de 2,72 moradores, e nacional, de 2,79 pessoas. O IBGE divulgou a distribuição de domicílios e habitantes por setores censitários, como são chamadas as unidades territoriais de coleta do Censo, e o município foi dividido em 674 deles.

No mapa, é possível observar que as regiões da cidade onde os domicílios contam com maior número de residentes são, pela ordem, uma área de chácaras localizada em Tibiriçá, às margens da rodovia Marechal Rondon (média de 4,11 pessoas), o próprio distrito (3,67), o Núcleo Fortunato Rocha Lima (3,66) e o Parque das Nações (3,74).

Já as regiões menos habitadas, com até 2,5 moradores por casa, são a central, desde a avenida Nuno de Assis, passando pela avenida Nações Unidas até as imediações do entroncamento com a Rondon, bem como nos Altos da Cidade até a Getúlio Vargas, em praticamente todo o entorno do Aeroclube, na zona sul. A baixa densidade populacional segue em direção à Vila Aviação e Vila Nova Universitária, abrangendo também partes do Jardim Bela Vista, Jardim Contorno e Jardim Auriverde.

A segmentação por unidades censitárias também permite constatar que o maciço urbano de Bauru se consolidou entre as rodovias Bauru-Marília e Bauru-Jaú e os setores com maior concentração populacional estão localizados nas regiões periféricas da cidade. Embora estas divisões não sejam, necessariamente, equivalentes a bairros, elas dão alguma dimensão sobre a distribuição populacional no território.

Dos 674 setores, ao menos 45 registram, cada um, mais de 1 mil moradores, que, somados, chegam a cerca de 56,4 mil pessoas. Na região da Pousada da Esperança 1 e 2, por exemplo, são cerca de 3.041 habitantes; na do Parque Santa Edwirges, há outros 2.730 residentes; no Jardim Solange, são 2.379 moradores; e no Parque Viaduto, vivem 2.349 indivíduos.

Já as regiões do Jardim Marília, Quinta da Bela Olinda e Parque Manchester abrigam, respectivamente, 1.724, 1.542 e 1.536 moradores. O levantamento considera, ainda, o significativo contingente populacional nos centros de Progressão Penitenciária 1 e 2 de Bauru, onde vivem 2.651 reeducandos.

MÉDIA DE IDADE É 37 ANOS

Os novos dados do Censo Demográfico 2022 revelam que a população de Bauru tem uma idade mediana de 37 anos. Significa que metade dos moradores tem até 37 anos e a outra é mais velha do que isso.

Com este patamar, a população da cidade é ligeiramente mais velha na comparação com o retrato do Estado (36 anos) e do País (35 anos). No recorte por cor ou raça, a idade mediana dos habitantes amarelos do município é de 50 anos; dos brancos, 38 anos; dos indígenas e pretos, 36 anos; e dos pardos, 33 anos.

Ainda de acordo com o IBGE, Bauru teve uma taxa de crescimento anual de 0,82% no período intercensitário, entre 2010 e 2022, totalizando 379.146 habitantes. A densidade populacional é de 567,85 habitantes por quilômetro quadrado, superior à média estadual, de 178,92 pessoas por quilômetro quadrado e nacional, de 23,9 moradores por quilômetro quadrado.