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Em três meses, Cáritas Bauru atende 68 pessoas entre povos originários e ciganos

Programa recente visa identificar e garantir segurança a esse público específico

17/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

Abordagem realizada pela Cáritas
Abordagem realizada pela Cáritas

A Cáritas Bauru, em parceria com a Secretaria do Bem-Estar Social (Sebes), por meio do Programa de Orientação e Acesso à Documentação Civil e Atendimento ao Imigrante (Proadi), atendeu no município 68 pessoas entre povos originários e ciganos, desde dezembro de 2023. A iniciativa, que trabalha com a Política de Assistência Social, realiza busca ativa a fim de localizar pessoas e grupos populacionais que estejam com seus direitos sociais fragilizados, informa a assessoria de imprensa.

"A Cáritas faz uma análise qualitativa das condições sociais destas populações na cidade com o objetivo de compreender os desafios enfrentados por elas, bem como soluções que visam assegurar seus direitos, promover a justiça social e garantir sua segurança. Buscamos, também, preservar e respeitar a sua cultura, seus costumes e tradições", detalha Ariane Moraes, assistente social da entidade.

O programa recebe recursos pela Sebes e a Cáritas Bauru é responsável por executá-lo, por meio de ações planejadas em conjunto com a pasta municipal. "Os povos originários vivem em extrema vulnerabilidade social e vêm para Bauru e outras cidades em busca de arrecadações, roupas, alimentos, dinheiro e afins. Os ciganos não possuem residência fixa e se deslocam pelas cidades para a venda de panos de prato e arrecadações", explica Ariane.

Além da busca ativa diária com atendimentos sociais, também são realizamos encontros com essa população na sede da Cáritas. "O programa oferece espaço para banho e refeições, além de ações específicas orientativas voltadas à proteção das crianças', descreve a assistente social.

Conforme moradores atentos já puderam observar, em Bauru, os povos originários costumam se instalar embaixo dos viadutos. Um ponto conhecido está localizado no cruzamento das avenidas Nações Unidas e Duque de Caxias. "Já os ciganos se instalam em terrenos vazios em diferentes locais da cidade", conta a assistente social.

ORIGEM

Os povos originários que passaram por atendimento pela Cáritas permanecem por cerca de 15 dias na cidade. Depois, voltam para o Estado de origem. "Os relatos são de que há serviços de saúde e educação disponíveis, mas não há renda suficiente, o que os coloca em situação de vulnerabilidade social, com restrição de recursos econômicos", desta Ariane. De acordo com ela, a maioria das famílias é beneficiária do Bolsa Família.

Já a população cigana não possui uma residência fixa para retornar. Geralmente mudam de cidade a cada semana. "Eles têm direito de utilizar o serviço de saúde e educação dos municípios. Mas não faz parte da cultura deles, por exemplo, que as crianças frequentem escolas, justamente porque ficam um período curto por onde passam", explica.

Os povos originários e ciganos trazem consigo riquezas culturais que contribuem para a diversificação da sociedade. Suas tradições, línguas e rituais são patrimônios valiosos que merecem reconhecimento e respeito, ressalta a Cáritas, via assessoria de imprensa.

A Busca Ativa é realizada três vezes na semana ou conforme informações recebidas. A Cáritas também possui o seu próprio disque denúncia, caso alguém encontre essas famílias em situação de vulnerabilidade: (14) 99871-1830 E-mail: servicosocial3@caritasbauru.org.br

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