CALOR

Bolha de calor eleva temperatura até o final de semana em Bauru

O fenômeno, formado no Paraguai e no norte da Argentina, atinge principalmente o oeste do estado e afeta a Sem Limites

Por Guilherme Matos | 14/03/2024 | Tempo de leitura: 1 min
da Redação

Carlos Cordeiro/Revista Atenção

Bauru fotografada ontem por volta de 19h. Temperatura mais alta hoje deve ficar em 36 graus, segundo o Centro de Meteorologia
Bauru fotografada ontem por volta de 19h. Temperatura mais alta hoje deve ficar em 36 graus, segundo o Centro de Meteorologia

Bauru passa por uma semana com altas temperaturas porque está na "borda" de uma bolha de calor que atinge a América do Sul. Segundo André Mendonça de Decco, do Centro de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), bauruenses devem sentir os efeitos do calor até o final de semana. As máximas, porém, não devem passar dos 37º C.

As áreas mais afetadas estão no Paraguai e no norte da Argentina, onde surgiu a bolha, e os termômetros poderão alcançar de 43º C a 45º C. No Brasil, ela afeta principalmente o oeste da região sul, o sudoeste do Mato Grosso do Sul e o oeste de São Paulo.

O meteorologista explica que o fenômeno afeta a Sem Limites desde o início da semana. Na segunda-feira (11) e na terça-feira (12), as máximas chegaram a 31º C e 33º°C, respectivamente.

Nesta quinta (14), a máxima deve ser de 36º C. Até a próxima segunda (18), ela se mantém nos 37º C. André destaca que o calor nesta época é comum. Para o MetSul, no entanto, a bolha "provou temperaturas muito altas e bastante acima das médias históricas de março em uma grande área da américa do Sul".

Também conhecida como "domo de calor", a bolha é um padrão meteorológico de uma massa de ar quente que se forma em uma região de alta pressão atmosférica, adquirindo a forma de um domo. O fenômeno é desencadeado quando uma coluna de ar quente se expande verticalmente, impedindo a chegada de frentes frias. Devido à pressão atmosférica, o ar quente fica retido próximo à superfície, resultando em temperaturas elevadas e pouca nebulosidade. Essa condição pode persistir por dias ou até semanas, com os raios solares intensificando ainda mais o calor. É como se uma "tampa de panela" atmosférica mantivesse o ar quente aprisionado.

Projeção para a tarde desta quinta-feira que mostra a extensão da massa de ar quente (crédito: Reprodução/MetSul)
Projeção para a tarde desta quinta-feira que mostra a extensão da massa de ar quente (crédito: Reprodução/MetSul)

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