REABILITAÇÃO

‘E agora, José?’ será regionalizado

Prefeitura de Pirajuí assinou termo de cooperação com municípios para criar grupo de reabilitação de homens agressores

Por Lilian Grasiela | 13/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Prefeitura de Pirajuí

Termo de cooperação foi assinado durante uma solenidade na Câmara de Pirajuí
Termo de cooperação foi assinado durante uma solenidade na Câmara de Pirajuí

Nesta segunda-feira (11), o prefeito de Pirajuí (58 quilômetros de Bauru) Cesar Fiala assinou termo de cooperação com municípios da região, na Câmara Municipal, visando à criação do "E agora, José?", grupo socioeducativo com foco na reabilitação de homens agressores, responsabilizados pela Lei Maria da Penha. A iniciativa irá contemplar, em um primeiro momento, além de Pirajuí, Balbinos, Pongaí, Presidente Alves, Reginópolis e Uru.

"Esta iniciativa surgiu com o objetivo de promover atividades pedagógicas e educativas, assim como o acompanhamento das penas e das decisões proferidas pelo juízo competente no que tange aos homens autores de violência doméstica contra as mulheres", diz a administração municipal por meio de nota.

"A partir dessa percepção, o programa 'E agora José?' busca questionar os papéis sociais de gênero que têm legitimado desigualdades sociais e violência contra as mulheres, por meio do processo socioeducativo, de ações que propiciem reflexão, e de pedagogia que conduza à responsabilização do autor de violência".

Em 2022, por meio de projeto de lei de autoria do governo municipal, o programa deixou de ser iniciativa voluntária do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Pirajuí (Comdim) para se transformar em uma política pública permanente, que envolve o Executivo, o Judiciário e o Ministério Público (MP).

De acordo com a Prefeitura de Pirajuí, tal política é inspirada em um projeto informal realizado na cidade de Santo André. O prefeito Cesar Fiala ressalta que a parceria com outras cidades visa ao fortalecimento das políticas públicas voltadas para a mulher e coloca Pirajuí em uma posição de destaque na região.

"Os agressores precisam ser responsabilizados por seus atos e, com essa iniciativa, damos mais um passo rumo à conscientização sobre a violência e seus impactos na sociedade. No Brasil, os índices de feminicídio são assustadores e é nosso papel promover políticas públicas que revertam esse cenário'', afirma.

Segundo o chefe do Executivo, na região de Pirajuí, dos 205 casos de violência contra a mulher notificados, nas questões de penas alternativas, quando os agressores participam do programa, a reincidência ocorreu em apenas oito casos. "Ou seja, 96% dos homens não voltaram a realizar agressões", revela.

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