DENÚNCIA

Macatuba: Apae constata rombo em conta e denuncia caso à polícia

Desfalque apurado até agora é de R$ 70 mil; suspeito do desvio prestava serviço à instituição e responderá a inquérito

Por Tisa Moraes | 02/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Divulgação

Apae de Macatuba denunciou desfalque à Polícia Civil em fevereiro
Apae de Macatuba denunciou desfalque à Polícia Civil em fevereiro

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Macatuba (46 quilômetros de Bauru) detectou um rombo em uma de suas contas correntes e denunciou o desvio do dinheiro à Polícia Civil, que está investigando o caso. A suspeita é de que a entidade tenha sido lesada em cerca de R$ 200 mil, mas, até o momento, o desfalque detectado é de R$ 70 mil.

O suspeito da fraude é um profissional que prestava serviço à instituição. Por ora, o nome do homem, já afastado de suas funções, não será divulgado, já que as apurações ainda estão em fase inicial. A expectativa é de que o inquérito policial seja instaurado na próxima segunda-feira (4).

Delegado responsável pela apuração do caso, Richard Serrano explica que o investigado tinha acesso a diversas contas da associação, necessárias para o recebimento de repasses oriundos de convênios firmados com o poder público. Recentemente, a Prefeitura de Macatuba havia feito um depósito de R$ 50 mil, de forma errônea, em uma conta SUS da entidade.

"A Apae pediu a este prestador de serviço para que restituísse o valor à administração municipal, mas descobriu que o dinheiro tinha sido sacado da conta. Nesse meio tempo, recebeu um crédito de R$ 20 mil, que, logo depois, foi transferido para uma conta pessoal desta pessoa", comenta.

Em conversa informal com representantes da associação, o profissional teria revelado ser responsável pelo desvio dos recursos, que supostamente foram aplicados no mercado de ações. "Porém, ele acabou perdendo o dinheiro e, endividado, começou a movimentar a conta da Apae como se fosse sua, fazendo transferências e cobrindo, inclusive, algumas necessidades financeiras momentâneas da associação, mas tendo como resultado final o desfalque ao caixa da entidade", revela o delegado.

A suspeita é de que as transações fraudulentas tenham ocorrido entre agosto do ano passado até 22 de fevereiro de 2024, podendo chegar a R$ 200 mil. O valor exato será apurado por um perito contábil contratado pela Apae, em um trabalho que deverá ser concluído em cinco meses. O inquérito policial será instaurado para apurar a prática de furto qualificado mediante abuso de confiança e, na esfera cível, o investigado poderá ser acionado na Justiça a restituir os valores subtraídos.

"Com o resultado, ainda que preliminar, da perícia, será discutida pela diretoria da Apae de Macatuba a possibilidade de ajuizamento de ação de ressarcimento dos danos materiais. Caso se verifique que o bom nome que a instituição sempre ostentou na comunidade e região sofreu algum abalo em razão desses atos, podemos pleitear também a reparação desses eventuais danos morais", comunica a associação, em nota.

A reportagem entrou em contato com a empresa onde atua o profissional e deixou um número de telefone para que ele pudesse apresentar sua defesa, mas não obteve retorno até a conclusão desta matéria. O e-mail enviado para o estabelecimento na quarta (28) também não foi respondido.

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