O vereador Serginho Brum (PDT) vai pedir nesta terça-feira (20) afastamento da cadeira que ocupa na Câmara de Bauru. Primeiro suplente do PDT, Fabiano Mariano deve assumir o cargo já nesta quarta (21).

Serginho, que é vice-presidente do Legislativo, não compareceu às duas sessões já realizadas neste ano e tem se ausentado de Bauru desde que sua esposa se mudou para Florianópolis-SC.

O ofício, segundo apurou o JC, pede licença não remunerada até 31 de dezembro. Mas pode sofrer alterações, já que não havia sido protocolado até a publicação deste texto.

Havia a expectativa de que ele renunciasse ao mandato para se mudar à capital catarinense, mas o pedetista negou que faria isso em declarações à imprensa.

Por isso, o pedido de licença não remunerada não deixa de ser uma alternativa contra a renúncia prevista para ser anunciada por colegas do pedetista.

No ano passado ele já havia pedido afastamento do cargo depois da derrota sofrida na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou a compra do material Palavra Cantada, da qual Brum foi relator.

Seu relatório final validou a compra e isentou o governo de responsabilidade no caso, mas o documento foi rejeitado pela maioria dos vereadores - inclusive por membros da base governista.

O parlamentar chegou também a ser alvo de um pedido de cassação dentro do próprio PDT. O documento o acusava de afrontar princípios do PDT nacional e municipal, como o apoio a Bolsonaro e a votação contrária à cassação da prefeita Suéllen Rosim (PSD) quando da Comissão Processante (CP), mas perdeu o objeto, segundo o partido, porque a denunciante deixou a legenda.

A coluna Entrelinhas do JC já havia antecipado na semana passada que parlamentares notaram movimentações estranhas no gabinete de Serginho. Uma fonte disse à coluna que assessores do pedetista vinham retirando pouco a pouco os objetos do gabinete do vereador. Ele nega que renunciará ao mandato, mas a licença se confirmou nesta terça.