CASO COHAB

Gasparini pede Justiça gratuita, mas juíza nega

Edison Bastos Gasparini Júnior diz que passa por dificuldades financeiras

31/01/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Vinicius Bomfim/JC Imagens

Edison Bastos Gasparini Júnior, ex-presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Bauru
Edison Bastos Gasparini Júnior, ex-presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Bauru

Ex-presidente da Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Bauru e acusado de desviar R$ 54 milhões da empresa à frente da qual esteve por quase duas décadas, Edison Bastos Gasparini Júnior diz que passa por dificuldades financeiras. É o que ele afirmou à Justiça na segunda-feira (29) ao pedir o benefício da justiça gratuita no recurso de apelação interposto contra sua condenação por improbidade administrativa no caso Jakef.

No recurso, Gasparini argumenta que "ele e sua família vêm sobrevivendo - aqui, o destaque para o termo utilizado, pois, de fato, dispõem de recursos mínimos - por meio do valor arbitrado no mandado de segurança de 2021, sobre o qual sequer têm poder de administração, uma vez que tal quantia é mensalmente gerida por um administrador judicial nomeado".

Ele se refere à quantia em torno de R$ 10 mil que recebe mensalmente desde que seu patrimônio foi sequestrado pela Justiça no âmbito da Operação João de Barro, que fez uma devassa nas contas da Cohab. O ex-presidente da Cohab pede a reforma da sentença que o condenou e sustenta que sua atuação em torno do acordo com a Jakef ocorreu dentro dos parâmetros legais.

O pedido pelo benefício da Justiça Gratuita não ocorre apenas no caso Jakef, mas também em outros a que o ex-presidente e sua família respondem. Um deles, aliás, foi indeferido nesta segunda-feira pela juíza Ana Lúcia Graça Lima Aiello no âmbito de uma ação por improbidade que tramita sob sigilo na 1.ª Vara da Fazenda Pública de Bauru.

"Indefiro a gratuidade da justiça requerida pelos réus, posto que seus padrões de vida são manifestamente incompatíveis com a hipossuficiência alegada. Se os réus podem arcar com casa em condomínio de luxo, manutenção de piscina e faxineira, podem também arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo próprio e de sua família", afirmou a magistrada, sem meias palavras.

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1 COMENTÁRIOS

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  • Ricardo Adriano Rosao
    01/02/2024
    Este caso me da nojo liberar valores ao suposto criminoso? Valores que supostamente foram roubados. Va catar latinha e arruma uma casa simples,igual a maioria dos bauruenses que trabalham honestamente e lutam para sobreviver.