O “gerente” de uma conhecida biqueira do Jardim Ouro Verde, em Bauru, foi preso em flagrante com centenas de porções de drogas e mais de R$ 8 mil em espécie, na tarde desta sexta-feira (26). Ele também seria responsável por administrar outro ponto de venda de entorpecentes do Jardim Vitória. A investigação e prisão foram realizadas pela Polícia Civil, por meio do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade.

De acordo com o delegado Alexandre Protopsaltis, coordenador do SIG/CPJ, as investigações apontaram que o S.G.B.P., de 20 anos, seria quem guarda as drogas e armas de fogo de grupo criminoso que atua na região do Jardim Ouro Verde e Jardim Vitória.

O mesmo ainda seria o “gerente” de pontos de venda de entorpecentes comandados por este grupo, localizados na quadra 7 da rua Professor Isac Portal Roldan e na quadra 24 da rua Walter Belian. “Ambos os endereços são amplamente conhecidos pela ocorrência de tráfico e também por inúmeras prisões em flagrante realizadas tanto pela Polícia Civil, como também Militar”, afirma o delegado.

Foi, então, representado pela concessão de mandado de busca e apreensão para a residência do suspeito, no Jardim Ouro Verde, deferido pela Justiça de Bauru. Tal ordem judicial foi cumprida por volta das 15h desta sexta-feira.

No apartamento, após ser cientificado do mandado e das suspeitas da polícia, o indiciado teria admitido, informalmente, abastecer a biqueira da rua Isac Portal Roldan, alegando que, no Jardim Vitória, receberia as drogas para serem distribuídas no Ouro Verde, pois pertencem aos mesmos responsáveis.

Ele teria informado ainda que usava um imóvel de madeira abandonado, localizado na quadra 6 daquela mesma rua, para armazenar as drogas que seriam vendidas ao longo do dia no ponto. Equipes foram até o endereço e, sobre o forro da laje do banheiro, acharam uma mochila infantil contendo porções de cocaína e crack.

Durante buscas na residência do investigado, além de 313 eppendorfs de cocaína, 74 pedras de crack e dois celulares, os policiais civis apreenderam R$ 8.219,00 em notas diversas e dois cadernos com anotações da movimentação de pontos de vendas de drogas. A contabilidade, segundo S.G.B.P. teria dito informalmente, eram posteriormente repassadas aos líderes do grupo criminoso. Ele, no entanto, negou possuir armas de fogo.

“Após entrevista reservada com o advogado, em seu interrogatório [na delegacia], mesmo tendo colaborado e confessado os delitos informalmente, ele optou por permanecer em silêncio”, pondera Protopsaltis.

Mesmo assim, considerando o que foi constatado durante as investigações e cumprimento de mandado de busca, o delegado deu voz de prisão em flagrante delito a S.G.B.P. por tráfico de drogas, já que o homem foi surpreendido guardando entorpecentes e ainda ocuparia posição de responsabilidade na estrutura criminosa - de abastecimento de drogas e recolhimento dos valores.

“Não há como se falar em drogas para consumo pessoal não somente pela quantidade, mas principalmente por todas as dinâmicas em que o indiciado foi visto pelos policiais civis, bem como porque ele sequer é usuário dos ilícitos apreendidos”, conclui o coordenador do SIG/CPJ, que representou pela conversão da prisão em flagrante em preventiva. O homem permaneceu à disposição da Justiça.