OPINIÃO

Entrelinhas

05/01/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

JC Imagens

Cenário

A entrevista do vereador Coronel Meira ao JC na qual o ex-comandante geral da Polícia Militar (PM) representa também a primeira vez em que o parlamentar afirma, sem meias palavras, se sentir preparado para assumir a Prefeitura de Bauru. Não é difícil reconhecer que o jogo pode mudar a partir de agora - em vários sentidos.

Pontapé

Um dos principais nomes da oposição em Bauru, o vereador é o primeiro nome do cenário político local a confirmar as altas chances de ser candidato ao Poder Executivo. E os demais postulantes ao cargo passarão a se movimentar a partir de agora - mas o pontapé veio de Meira.

Diálogo

Ele terá o desafio, no entanto, de dialogar com potenciais candidatos para que a oposição chegue a um consenso. "Se pudermos aglutinar os nomes em torno de menos candidaturas será muito bom. A prefeita sai beneficiada caso haja uma quantidade muito grande de candidatos, isso fortalece ela", afirmou durante a entrevista ao JC nesta quinta.

Concessão

Na conversa, Meira também abordou o projeto de lei (PL) que autoriza o governo a conceder o sistema de esgoto à iniciativa privada, ao qual ele é favorável, e admite um impasse na votação do texto na Câmara. A proposta tramita em regime de urgência e precisa ser votada necessariamente na primeira sessão do ano - caso contrário, nada mais poderá ser apreciado.

Interna corporis

"Veja. Nós vereadores aceitamos o regime de urgência, aprovamos a medida. Agora precisamos lidar com isso. Por mim, que coloquem o projeto em votação. Se passar, ótimo. Se não, paciência", apontou.

Divergências

Embora a Lei Orgânica de Bauru diga que o projeto precisa ser aprovado por maioria qualificada da Câmara - isto é, por 12 votos favoráveis -, Meira acredita que uma aprovação por maioria simples (9) seria uma vitória para o governo.

Argumento

"Há julgamentos recentes do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubando esse dispositivo de maioria qualificada nos municípios. Bastaria a prefeitura entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade para garantir a concessão neste caso", sustenta.

Protesto

Um ato público que reúne os partidos PT, PSB, PC do B, PSOL, REDE, PV e PDT está marcado para a próxima segunda-feira (8). Na mensagem de divulgação do evento, as legendas afirmam que o protesto será em defesa da democracia e das instituições e também um repúdio à espionagem contra desafetos do governo.

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