OPINIÃO

Entrelinhas

08/11/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

JC Imagens

Impacto

O governo ainda amargava até a noite desta terça-feira (7) a derrota sofrida na Câmara de Bauru na segunda (6), com a rejeição do relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Contrapartidas que pedia o arquivamento dos trabalhos. Pessoas próximas ao Palácio das Cerejeiras confirmaram à coluna o clima de abalo, visto como um dos maiores reveses da prefeita Suéllen Rosim (PSD) até agora.

Alerta 1

Apesar do choque - o resultado foi inesperado, afinal -, o episódio acendeu dois alertas na cúpula da administração. O primeiro tem a ver com a constatação de que a base governista se tornou "gelatinosa", volátil, e que não há mais a garantia de um apoio sólido. A avaliação é de que a prefeita e seus assessores precisam fazer o dever de casa: tratar bem aqueles que os apoiam.

Alerta 2

O segundo alerta está na figura da liderança da prefeita na Casa, o vereador Miltinho Sardin (PTB), justamente o relator da CEI das Contrapartidas. O petebista jamais imaginou que seu relatório pudesse ser rejeitado - tanto que parlamentares com quem a coluna conversou admitem que não foram procurados por Sardin para costurar a aprovação do texto. Deu no que deu.

De volta

Ele passou um tempo longe do palácio, mas já está de volta. Pai da prefeita Suéllen, o pastor Dozimar Rosim retomou a rotina de passar praticamente o dia todo na Prefeitura de Bauru. Muito embora não tenha cargo público, o pai da mandatária participa de reuniões e acompanha até mesmo conversas no gabinete entre prefeita e secretários, por exemplo. Nesta terça (7) ele chegou ainda cedo nas Cerejeiras.

Vai depor?

Há uma chance consideravelmente alta de que o hacker Patrick César da Silva Brito, que confessou em depoimento ter sido contratado pelo cunhado de Suéllen, Walmir Vitorelli, para prejudicar desafetos do governo, seja ouvido pela Comissão Temporária criada na Casa na segunda-feira (6) para acompanhar as investigações do caso.

Motivo

A coluna apurou que o hacker pode sair em dezembro do Centro de Detenção Provisória onde está detido na Sérvia e deve retornar ao Brasil. Ele já teria até mesmo se disponibilizado a conversar com os membros da comissão, composta pelos vereadores Eduardo Borgo (Novo), Estela Almagro (PT), Mané Losila (MDB), Coronel Meira (União Brasil) e Chiara Ranieri (União Brasil).

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