Mal-estar 1

A conclusão do vereador Serginho Brum (PDT), relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura a compra do material Palavra Cantada, irritou colegas de partido do parlamentar e ampliou a crise que a legenda enfrenta internamente.

Mal-estar 2

Integrantes do PDT, cujo presidente não esconde uma posição contrária ao governo Suéllen Rosim (PSD) - de quem Brum é aliado -, têm acusado os dirigentes da sigla em Bauru de omissão com relação aos posicionamentos de Serginho.

Mal-estar 3

"A omissão da maioria da direção do partido em não criticá-lo já era por mim e muitos até esperada", escreveu o professor universitário e urbanista José Xaides Alves. "Várias outras razões já existem [para expulsá-lo], mas esses membros da direção insistem em dar crédito a Brum. Mesmo que a maioria dos seus filiados discordem", prosseguiu.

Histórico

Em junho, o presidente do PDT de Bauru, André Neves, chegou a criticar Brum durante uma entrevista à coluna. "Temos bons quadros da oposição que estão refratários ao PDT justamente porque o parlamentar que representa a sigla na Câmara vota com o governo", afirmou. As críticas, no entanto, continuaram no papel - o que incomoda correligionários.

Candidato?

O vereador Coronel Meira (União Brasil) admitiu a possibilidade de se candidatar a prefeito nas eleições municipais do ano que vem. O parlamentar afirmou nesta terça, durante entrevista ao programa Cidade 360º, uma parceria entre o JC e a 96FM, que está em busca de um partido e que não descarta a hipótese de encabeçar uma chapa majoritária.

Relatório

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura o cumprimento de contrapartidas aprovou ontem (31), com poucas alterações, o relatório antecipado pelo JC na semana passada que pede o arquivamento dos trabalhos e recomenda melhorias na Lei do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), que regulamenta as contrapartidas.

Aprovação

O documento aprovado pelo colegiado nesta terça vai a votação em plenário na segunda-feira (6). E não há indicativos de que haverá obstáculos à aprovação do relatório.

Compra mal feita

O emedebista Guilherme Berriel chamou de "amadores" os profissionais da Educação responsáveis pela compra do material Palavra Cantada, adquirido no ano passado e até hoje não implementado de forma integral na rede municipal de ensino. "Foi um dinheiro mal gasto", disse.