OPINIÃO

Entrelinhas

26/08/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Justificativa

A ex-secretária de Educação Maria do Carmo Kobayashi, em resposta formal enviada nesta sexta (25) ao presidente da CEI da Palavra Cantada, Markinho Souza (PSDB), disse que não comparecerá a audiências de acareação eventualmente deliberadas pela CEI do Palavra Cantada. Ela diz que já contribuiu suficientemente com a Câmara. Também afirmou que permanece à disposição da Justiça se necessário.

Explicação

Em manifestações anteriores, Kobayashi explicou os motivos que culminaram com a sua exoneração e denunciou ingerências que a Educação sofria do advogado Daniel Fernandes de Freitas, assessor de gabinete da prefeita. Poucos dias depois, o ex-assessor da Cohab Newton Felão, na Comissão de Fiscalização e Controle, acusou Daniel de defender interesses da Caixa, em detrimento de interesses de Bauru.

Sem polêmicas

A coluna tentou contato com Kobayashi, que não quis comentar o caso. Também não nominou quem são os "emissários" do governo que a procuraram e obtiveram recusa ao diálogo. A ex-secretária limitou-se a dizer que apresentou fatos reais e argumentos técnicos. Agradeceu à seriedade do JC na apuração e destacou seu respeito à imprensa, mas também expressou decepção com "veículos sensacionalistas". Daí sua opção por não conceder entrevistas.

Conselho

E a prefeita Suéllen Rosim (PSD) está ciente do desgaste causado no governo pela manutenção do advogado Daniel Fernandes de Freitas, pivô da crise na Educação no âmbito do caso Palavra Cantada, mas não tem planos para retirá-lo do cargo. Ela tem sido aconselhada a esperar a poeira baixar para tomar qualquer iniciativa nesse sentido. A principal avaliação é de que demitir Daniel neste momento seria um tiro no pé.

E a CEI?

Tudo indica que a CEI que apura a compra milionária do material Palavra Cantada vá negar o pedido de Chiara Ranieri (União Brasil) para autorizar uma condução coercitiva contra a ex-secretária Kobayashi. Há uma dúvida, no entanto, sobre se a mesma negativa vai se manter no pedido de quebra de sigilo telemático do servidor Fábio Schwarz, que manteve contato com representantes da editora Movimenta, responsável pela venda do material, em seu WhatsApp pessoal.

Novo foco

O maior desafio da CEI neste momento está na discussão sobre se as mensagens enviadas por Daniel no grupo de WhatsApp "Processos Urgentes" configuram uma ingerência artificial - isto é, com interesses não republicanos - ou se ele estava apenas desempenhando seu papel como assessor.

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