OPINIÃO

Entrelinhas

04/07/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

JC Imagens

Articulação 1
O descompasso entre o primeiro e o segundo votos do vereador Beto Móveis (Cidadania) na indicação de quem presidiria a CEI das Contrapartidas (leia mais na página 3) não expôs apenas uma articulação do governo no sentido de reverter a primeira opção do parlamentar. Muito pelo contrário: a atuação de assessores do Palácio das Cerejeiras no decorrer da sessão legislativa mostrou uma falta de habilidade política para alinhar a própria base governista na Casa.

Articulação 2
Este papel caberia ao líder do governo Suéllen Rosim (PSD) na Câmara, posto ocupado atualmente pelo vereador Miltinho Sardin (PTB). Mas o petebista evita reuniões com a base e diz publicamente que prefere ficar fora de discussões políticas como essa. O problema é que isso tem incomodado a própria bancada governista, que se queixa costumeiramente da confusão causada pela ausência da liderança.

Articulação 3
O trabalho de bastidores, muito mais discreto, evitaria a exploração do papel de assessores do governo por vereadores de oposição, por exemplo. Pegou mal, afinal, a descida repentina de Beto Móveis a seu gabinete, acompanhado de um interlocutor da prefeita, pouco depois de concordar com o voto em Estela Almagro para a presidência da CEI e pouco antes de mudar a opção para Mané Losila. Tem vereador defendendo a indicação de Júlio César (PP) à liderança do governo...

Sem foco
Para o vereador José Roberto Segalla (União Brasil), o maior problema do espetáculo das últimas sessões - causado especialmente pelo "vai ou não vai?" das CEIs - está na perda de foco por parte dos vereadores com relação a temas estruturantes ao município. "Estamos debatendo CEI e paramos de discutir Plano Diretor, Lei de Zoneamento e a própria questão da ETE", criticou.

E a ETE?
Por falar no sistema de esgoto, já se passaram 22 dias desde que a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) entregou o relatório que embasa o projeto de concessão que tramita na Câmara. O período equivale a um terço do prazo previsto no cronograma do governo para aprovar o texto. E nenhuma audiência ou reunião sobre o tema foi realizada ainda.

Lupa nas OSs
O vereador Coronel Meira (União Brasil) repercutiu a fala do vice-presidente do Tribunal de Contas (TCE) sobre o apossamento de Organizações Sociais (OSs) por organizações criminosas, noticiada pelo JC na semana passada, e advertiu: vai passar uma lupa sobre os contratos entre o município e entidades do gênero.

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