Não é de hoje. Foi um fenômeno que foi aumentando com o passar dos anos. O torcedor brasileiro foi perdendo o interesse pela sua Seleção. A comoção nacional que acontecia quando a Seleção Brasileira entrava em campo ficou no passado. Não é só em amistosos ou competições menores. Mesmo na Copa do Mundo o interesse, a torcida, a paixão pela “amarelinha” é muito, mas muito menor do que era há 30, 40, 50 anos ou mais. Motivos pra isso não faltam. A falta de craques, a ausência de jogadores na prateleira dos melhores do mundo, as partidas jogadas longe do Brasil, a falta de identidade e a desorganização talvez expliquem a situação atual. A verdade é que o torcedor (nos dias de hoje) vibra, torce e ama muito mais o seu clube do que a sua Seleção. Quem vive o futebol percebe isso claramente. O torcedor se envolve com o seu time (não à toa chamado de “time do coração”) de uma maneira absurda. Esse mesmo torcedor “sente” que essa não é a sua Seleção...

Os motivos principais

Motivos não faltam pra explicar como o torcedor foi perdendo o interesse. Em todos os aspectos. Não só na parte esportiva. Até a parte “extracampo” contribuiu pra essa situação atual. Pra mim esses são os principais motivos:

A falta de craques: talvez a principal. Foi-se o tempo em que Seleção desfilava os melhores jogadores do mundo. Nossa “última leva” de craques foi mostrada na Copa de 2006. Ronaldo Fenômeno, Adriano, Ronaldinho Gaucho, Roberto Carlos, Kaká e Robinho estavam juntos. Foi a última Copa em que o Brasil reuniu tantos craques “de verdade”. De 2010 em diante, talvez o único fora de série que vestiu a “amarelinha” tenha sido Neymar. Falei da Seleção de 2006. Volte um pouco no tempo. Aí é covardia. Romário, Rivaldo, Bebeto, Zico, Sócrates, Rivelino, Tostão, Jairzinho, Gerson, Garrincha e “ELE”. Eu sei que é uma enorme covardia comparar os jogadores da atual seleção aos craques do passado. Mas o torcedor que se acostumou com eles hoje assiste Richarlison, Malcom e Rony. Fica difícil...

Jogar longe do Brasil: a Seleção foi perdendo o contato direto com o seu torcedor. Há muito tempo os amistosos são realizados em qualquer canto do mundo, menos no Brasil. Quem paga mais, leva. E leva a Seleção “Canarinho” (que hoje com razão está “PISTOLA’) pra lugares que não tem identidade alguma com o nosso país. Assistimos então uma sequência de Estádios vazios e sem alma. No máximo com brasileiros que moram no exterior. A alegria e a vibração de um Maracanã, Morumbi, Castelão, Mineirão e tantos outros ficaram no passado...

Torcida muito maior pelo “time do coração”: esqueça o tempo que o torcedor pensava mais em Seleção. A convocação de algum jogador do seu clube era motivo de orgulho. Era festa e zoação em cima do torcedor rival que não tinha jogador convocado. Hoje a convocação de algum atleta do “seu time” deixa enfurecido o torcedor. O que se ouve é: “Isso vai atrapalahar o meu time”, “Vai voltar jogando mal” ou “não devia ter sido convocado”. Sinal dos tempos...

Falta de identidade: o torcedor não se vê representado. A falta de identidade do jogador com o seu país é grande. Tem atleta que nunca jogou por um clube brasileiro. Que fez toda a sua carreira no exterior. Mais uma situação que não ajuda...

Desorganização da CBF: por fim. E aí eu nem preciso comentar...                                   

E apesar de tudo, amanhã tem Brasil e Senegal

Pra emoção de praticamente ninguém, o Brasil venceu a 1ª partida depois da Copa. Jogando em Barcelona, goleou a “fortíssima’ Seleção de Guiné por 4 a 1. Amanhã tem mais um amistoso. Dessa vez contra um adversário mais forte. A Seleção vai encarar o Sengal. O jogo acontece às 16h, no Estádio de Alvalade, em Lisboa, a casa do Sporting. O técnico “interino” Ramon Menezes comanda a Seleção enquanto a CBF aguarda a situação de Carlo Ancelotti, que é o plano A, B e C do Presidente da CBF. Oportunidade de ver grandes jogadores como Danilo, Ibanez, Rony, Joelinton e Richarlison vestindo a camisa da que um dia foi a melhor Seleção do mundo. Que fase...

Mais um título de Andy Murray na grama                   

O escocês Andy Murray, número 44 do mundo, conquistou ontem o título do torneio Challenger de Nottingham, na Inglaterra, jogado na grama, como tanto gostam os britânicos. Murray é um exemplo de força e dedicação. Dono de três títulos de Grand Slam (US Open 2012 e Wimbledon 2013 e 2016), Murray derrotou o francês Arthur Cazaux (número 181º do ranking), por 6/4 e 6/4 e conquistou o segundo troféu seguido e a décima vitória consecutiva. Na semana passada havia sido campeão do Challenger de Surbiton, na Inglaterra. Com o título, Andy vai subir pro 38º lugar do ranking e disputará a chave principal do ATP 500 de Queen´s, em Londres, que começa hoje. Seu adversário será o australiano Alex de Minaur. Aos 36 anos e muitas cirurgias no currículo, Andy Murray está jogando seu melhor tênis em muito tempo. Vai chegar como um dos favoritos em Wimbledon...

Advinha quem venceu de ponta a ponta na F1?

Ele vai deixando a Fórmula 1 cada vez mais previsível e “chata”. De novo a mesma noticia. Max Verstappen venceu o Grande Prêmio do Canadá. O piloto holandês da Red Bull, líder do Mundial de Pilotos, venceu de ponta a ponta o GP do Canadá, disputado ontem, no circuito Gilles Villeneuve em Montreal. Em segundo lugar chegou o espanhol Fernando Alonso, da Aston Martin e em terceiro o britânico Lewis Hamilton, da Mercedes. Esta é a sexta vitória de Verstappen em oito corridas na temporada, a 41ª na carreira, igualando a marca do brasileiro Ayrton Senna. O “holandês voador” vai fazendo a Fórmula 1 ficar sem graça nessa temporada...                                                

Momento Maguila                                                                     

O SALVE de hoje vai pro meu amigo Leandro Andreazzi. Um abraço pra ele que apitou muito bem o jogo-treino entre Mirassol e Noroeste lá no Centro de Treinamento do Mirassol, no sábado (dia 17). O Norusca foi derrotado por 3 a 1 (gol do Carlão com assistência do Pereira). Mesmo com a derrota, a atuação do árbitro Andrezzi foi elogiada. 

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