Dívida pública cai 0,51%

Por Reinaldo Cafeo | 30/10/2022 | Tempo de leitura: 4 min

A dívida pública, que inclui débitos do governo no Brasil e no exterior, fechou em R$ 5,75 trilhões em setembro. O valor representa uma queda nominal, sem considerar a inflação, de 0,51% em relação a agosto. Vale esclarecer que a dívida pública é emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo. É uma das principais referências para a avaliação da capacidade de pagamento do país pelas agências globais que avaliam grau de investimento.

Juros mantidos em 13,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Essa decisão teve como pano de fundo os últimos três meses de deflação (inflação negativa). Na nota ao mercado, os dirigentes do Banco Central sinalizaram que não hesitarão em voltar a elevar os juros caso seja necessário.

Ganhos reais aumentarão

Com os juros mantidos em 13,75% ao ano, com projeção de queda da inflação, os juros reais, ou seja, os juros acima da inflação, aumentarão. Assim aplicações em renda fixa passaram a ser mais atraentes ainda. Até mesmo a velha e conhecida caderneta de poupança também terá ganho real maior. Caso suas aplicações já estejam alocadas em renda fixa dom juros pós-fixados, não precisa fazer nada à medida que automaticamente o rendimento estará garantida.

Desemprego recua para 8,7%

Uma boa notícia para a economia brasileira é a queda na taxa de desemprego, que atingiu 8,7% da população economicamente ativa. Não obstante o desemprego atingir ainda 9,5 milhões de brasileiros, há clara demonstração de que o mercado de trabalho está reagindo forte e de maneira constante. É o menor nível desde o intervalo de outubro a dezembro de 2015 (9,2 milhões). Lembrando que o dado anterior era de 9,3%.

Dados da geração formal de emprego também são positivos

O mercado de trabalho brasileiro registrou abertura líquida de 278.085 vagas com carteira assinada em setembro. Com o isso, o saldo acumulado de contratações em 2022 ficou positivo em 2.147.600 postos. Vigor da economia brasileira e leis trabalhistas “mais leves” justificam este bom desempenho.

A economia dos EUA retoma crescimento no 3º. trimestre

A economia dos Estados Unidos retomou o crescimento no terceiro trimestre deste ano, após contração nos dois trimestres anteriores, e dá algum alívio ao presidente Joe Biden antes das eleições legislativas de meio de mandato, embora uma recessão possa ser apenas uma questão de tempo. Nos três meses de julho a setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) o americano cresceu 2,6% a uma taxa anualizada. O bom desempenho do comércio puxou o desempenho para o campo positivo. A maior economia do mundo expande pela primeira vez desde o início de 2022. Mais um ingrediente para ser analisado pelo Fomc (Comitê de Política Monetária) do Fed (Banco Central Americano) quando for tomar a decisão sobre a taxa básica de juros na próxima quarta-feira. O mercado projeta alta de 0,75 ponto percentual.

Novembro chegando: mês de promoções

O mês de novembro será todo ele dedicado a promoções, principalmente com o apelo da Black Friday. Na prática o comércio não quer esperar a última sexta-feira do mês e sim atrair o consumidor o mês todo. Analise suas finanças e acompanhe as promoções, evitando pagar metade do dobro. Não se esqueça que em novembro tem também copa do mundo de futebol, portanto, emoções e apelo ao consumo não faltarão.

Eleições de hoje

Nas mãos e na consciência do eleitor brasileiro o futuro do Brasil. Hoje temos festa da democracia, com os brasileiros indo a urnas. É sem dúvida alguma uma das mais importantes eleições há história do país, com polarização e sem prognóstico de quem vencerá: Lula ou Bolsonaro. Do ponto de vista econômico temos duas propostas distintas: Bolsonaro indicando uma economia mais liberal, reguladora, e Lula apontando uma economia mais interventora. Bolsonaro preconiza menos Estado, Lula mais Ministérios, mais presença do Estado na economia. Bolsonaro indica reformas estruturantes e privatizações, Lula aponta o fim das privatizações e até mesmo a revisão de privatizações já realizadas. Bolsonaro deseja uma legislação trabalhista mais leve, menos onerosa, Lula quer tutelar o trabalhador. Enfim, a nossa decisão é: segue o modelo econômico vigente, ou optamos pela guinada na economia. O empreendedor nato sabe o que mais lhe garante estabilidade nos negócios e o que ajuda a mitigar riscos. Seu voto deve ser muito, mas muito consciente, exercite isso ao extremo.

Mude já, mude para melhor!

Nas eleições de hoje o senso coletivo deve prevalecer. Vote pensando no bem-estar de todos ou na pior das hipóteses que contemple a maioria. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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