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Mesmo sujo, Rio Bauru abriga cágados


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O aposentado Edson Borroré estava transitando no último dia 27 no cruzamento entre a avenida Nuno de Assis com a rua Aymorés, por volta das 13h, quando avistou um cágado tomando sol sobre uma pedra, em meio aos dejetos do Rio Bauru. Surpreso com a situação, o homem de 58 anos registrou o momento. “Eu estava passando quando vi o bichinho tomando sol em cima da pedra, e tive a felicidade de fotografá-lo”, conta Edson.

 

Apesar de parecer incomum aos moradores, essa é uma ocorrência normal na área, afirma o biólogo Luiz Pires, diretor do Zoológico de Bauru. O animal em questão é o Cágado de  Barbicha e sua presença é bastante comum nos rios da região. 

 

Em Bauru, especificamente, existe uma particularidade: devido à alta quantidade de matéria orgânica na água por conta da poluição, há grande concentração de vermes que servem de alimento ao cágado e, assim, eles acabam se reproduzindo de forma numerosa. 

 

“Aqui no Zoológico, a gente recebe ligações com bastante frequência de pessoas que presenciam os cágados tomando sol na beira do rio. É um animal bem típico da região, na maioria dos rios e lagoas é possível encontrá-lo. E eles são relativamente resistentes, por isso conseguem sobreviver em meio à água poluída do Rio Bauru”, completa Luiz.

 

O que é?

 

É comum acontecer confusão na hora de distinguir os quelônios, que são répteis dotados de carapaça. Apesar de serem muito parecidos, esses animais possuem algumas diferenças.

 

Cágado: são animais semiaquáticos, que só vivem em água doce e realizam as suas atividades parte dentro e parte fora d’água. Possuem membrana interdigital, que liga os dedos, facilitando a natação.

 

Tartarugas: mesmo sendo utilizadas como exemplo na maioria das vezes como referência aos quelônios, as tartarugas são marinhas, e só saem debaixo d’água para botar os ovos e tomar sol. Têm a pata em forma de nadadeira, pois logo após o nascimento já se locomovem até o mar e só vivem por lá.

 

Jabuti: os jabutis são exclusivamente terrestres e têm uma pata parecida com a de elefante. Possuem cascos maiores e mais pesados, diferente dos cágados, cujos cascos são mais leves e achatados para facilitar o nado.

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