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Aos 92 anos, morre João Lozano, um dos fundadores do JC


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Arquivo Pessoal
O advogado João Lozano Cruz com a esposa Vilza Vissotto Cruz

Reprodução JC
Reunião que antecedeu a fundação do JC, em 1967; na foto (da esq. para dir.): João Lozano Cruz, Alcides Franciscato, Calil Rahal, Halim Aidar, João Pereira Martins e Nilson Costa

Um dos fundadores do Jornal da Cidade, ex-secretário de Negócios Jurídicos da prefeitura e ex-presidente da OAB Bauru, João Lozano Cruz morreu nesta segunda-feira (29) à tarde, aos 92 anos, em Bauru. Seu corpo está sendo velado no Centro Velatório Terra Branca (quadra 5 da rua Gerson França) e o sepultamento ocorrerá hoje, às 15h, no Cemitério Jardim do Ypê.

Apaixonado pela cidade, só a deixou para cursar Direito no Largo de São Francisco, em São Paulo. Depois retornou e, como autônomo, também advogou para os grupos empresariais de Alcides Franciscato, ex-prefeito de Bauru, ex-deputado federal por três legislaturas e presidente dos Grupos Prata e Cidade.

Em 1967, participou de todas as tratativas e ajudou a fundar o JC ao lado de Franciscato e de outros empreendedores. Dois anos depois, assumiu a Secretaria Jurídica da prefeitura, onde trabalhou até 73, durante a gestão de Alcides Franciscato. "Eles eram contemporâneos e amigos. Meu pai trabalhou por mais de 60 anos para a família dele. Seu maior legado é o exemplo de fazer o certo", diz o filho João Lozano Cruz Filho, 51 anos.

Amigo de muitas décadas de João Lozano Cruz, Alcides Franciscato lamentou muito o falecimento daquele com quem compartilhou não apenas uma longa e profícua amizade, mas o alto grau de profissionalismo do advogado nas atividades empresariais dos Grupos Prata e Cidade e ainda na Prefeitura de Bauru, onde foi secretário de Negócios Jurídicos na gestão de Franciscato (entre 1969 e 1973).

"Estou muito triste com o falecimento de um dos maiores amigos que tive. Trabalhou durante muito tempo conosco em nossos grupos empresariais, esteve ao nosso lado na fundação do Jornal da Cidade e, quando fomos chamados à causa pública, o doutor João foi nosso dedicado e competentíssimo secretário de Negócios Jurídicos na prefeitura, durante meu mandato como prefeito", afirmou Franciscato ao JC, em São Paulo.

"Era um homem que empregava muita seriedade, zelo e competência em tudo o que fazia e, somando-se ainda sua elevada integridade moral, nos dava total segurança nas decisões que tínhamos de tomar tanto em nossas empresas quanto no governo municipal. Doutor João é uma dessas grandes personalidades que deixam legados que devem ser compartilhados e conhecidos pelas gerações que se seguem. Há incontáveis exemplos de extrema grandeza nele como pai de família, exímio profissional do Direito, cidadão e como amigo leal e inesquecível", disse Franciscato.

"Em nome de minha esposa Lindinha, o nosso mais carinhoso abraço à querida Vilza, aos filhos Márcia, Marisa, João, Neca, aos irmãos Estevam e Ondina e a todos os demais familiares", finalizou o empresário.

SAUDADE

Além de João Lozano Filho, o advogado deixa a primogênita Márcia, 53 anos, Marisa, 52, a caçula Neca de 49 anos, 12 netos, a esposa Vilza Vissotto Cruz, 87 anos, formada em História.

O casal está junto há 68 anos. O matrimônio foi marcado depois que ele veio de São Paulo, formado no ofício que escolhera. João Lozano Cruz teve escritório de advocacia em vários endereços, sendo o último no Edifício Comercial. Ele sucumbiu a uma pneumonia, que o deixou internado por 12 dias no Hospital da Unimed. Até os 80 anos, o advogado corria quatro vezes por semana. Era frequentador assíduo do Bosque da Comunidade, de onde era vizinho.

"Nós mudamos para lá antes do bosque", comenta o filho João. De acordo com ele, além da preocupação com o trabalho, seu pai também dava muita atenção à saúde. De ascendência espanhola, seus pais tiveram cinco filhos, explica o irmão Estevam Lozano Cruz, que o classifica com uma pessoa muito boa. "Ele era extremamente íntegro. Era muito educador, presente e amoroso conosco", acrescenta filho.

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