Passada a correria do dia dos pais, em que a ênfase comercial é muito grande, gostaria de falar um pouco sobre o Pai supremo que é o nosso modelo perfeito de paternidade. Particularmente ser pai me fala profundamente à alma, um dos principais papeis que exerço na vida, o mais sublime, o que me dá maior prazer no exercício diário. Acredito que Deus Pai também possui o divino prazer em sua manifestação de caráter paternal. Jesus nos apresentou Deus como o nosso Pai na oração do "Pai Nosso". Deus, portanto, é Pai daqueles que reconhecem o Filho: "A todos quantos reconheceram a Jesus, esses receberam o direito de se tornarem filhos de Deus, ou seja, a todos os que creem em seu Nome" (João 1.12). A partir de então, Jesus ensinou os tornados filhos a orar ao Pai eterno, dizendo: "Pai nosso que está nos céus" (Mateus 6.9); e o apóstolo Paulo afirma mais pra frente quando diz: "O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 1.3). Logo é de vital importância que honremos o nosso pai terreno, mas que igualmente quando formos orar, diante das mazelas desse mundo, que possamos dirigir-nos Deus com o sentimento genuíno de filho ao o chamamos de "Pai" e, assim nos lembremos de sua grandeza e majestade, do seu poder absoluto, sua soberania graciosa e, que recordemos que Ele sabe tudo a nosso respeito e que Dele, o Pai nosso, nos mantemos vivos, porque toda a nossa provisão vem de suas boas mãos.

Diz as Escrituras Sagradas: "Todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas..." (Hebreus 4.13). Não é de se admirar que quando o rei Davi escreveu o Salmo 51 expressou-se assim em experimentos de angustias em seu coração: "Eis que te comprazes na verdade no íntimo" (Sl 51.6); assim, aquele quer ser abençoado por Deus nessa vida, deve procurar tê-lo como Pai e sendo absolutamente verdadeiro nesse relacionamento em que o Pai sabe de todas as coisas, e que não há nada escondido Dele. O sábio escreveu o livro de Eclesiastes colocando essa questão de vital importância em que quando oramos a Deus, que nos lembremos de que "Deus está nos céus, e nós na terra ... por isso não nos precipitemos" (Ec 5.2).