Contexto Paulista

São Paulo ganha destaque na economia verde

Esta coluna, publicada pela associação Paulista de Jornais pode ser lida e atualizada em www.apj.inf.br - Publicação simultânea nos jornais da Rede Paulista de Jornais, formada por este jornal e outros 13 líderes de circulação no Estado de São Paulo

01/09/2019 | Tempo de leitura: 3 min

O Estado de São Paulo possui o maior e mais diversificado mercado de economia verde do Brasil. Segundo os dados mais atualizados publicados pela agência Investe SP, 142 mil empresas atuam no setor no Estado e empregam 1,6 milhão de pessoas, o que representa quase um terço dos empregos verdes do País. "É uma verdadeira floresta de empreendimentos sustentáveis", diz a agência. São Paulo é o primeiro estado a incorporar o tema da economia verde em sua agenda política e empresarial, com leis específicas. O Estado exibe a matriz energética mais limpa do Brasil (economia de baixo carbono), com 55% de participação de fontes renováveis.

Vanguarda

O território paulista possui grande potencial para captação de energia solar e também para pequenas centrais hidrelétricas. Na visão da agência, repassada a investidores do exterior interessados em prospectar negócios nas diferentes regiões do Estado, o perfil paulista coloca o Estado em posição de "vanguarda" no desenvolvimento de tecnologias verdes e na geração de energias renováveis, "abrindo um vasto campo de oportunidades para novos investimentos". São Paulo responde por cerca de 31% do PIB industrial do País, e mantém 17,5% de sua área geográfica conservada.

Energias renováveis

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as energias renováveis geram atualmente mais empregos que a indústria de combustíveis fósseis. Estima-se que haverá um crescimento no mercado de energias renováveis em todo o mundo de US$ 630 bilhões até 2030. Se isso for concretizado, serão gerados ao menos 20 milhões de empregos diretos e indiretos, com 2 milhões no mercado de energia eólica e 6 milhões em energia solar. Por meio da queima do bagaço da cana, empresas do setor sucroalcooleiro disponibilizam excedentes de eletricidade para venda à rede de transmissão. Existem atualmente 192 usinas de cogeração operantes em São Paulo, o que corresponde a 52% do total de empreendimentos e 53% da potência instalada do País.

Hidroeletricidade

O Estado de São Paulo possui capacidade instalada de 14.204,3 MW, com um sistema hidrelétrico composto por 102 unidades em operação, sendo 25 Centrais de Geração de Energia (CGHs), 48 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 29 Usinas Hidrelétricas de Energia (UHEs), o que corresponde a 19,9% do total da capacidade instalada no Brasil (2013), segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),

Energia solar

O Estado de São Paulo possui uma radiação solar de aproximadamente 512 TWh/ano. Trata-se de um enorme potencial a ser explorado, com a multiplicação de painéis solares em residências e a instalação de fazendas de energia solar.

Energia eólica

Algumas das maiores empresas do setor eólico encontram-se no Estado de São Paulo, como a Wobben Windpower e a Tecsis. O Atlas Eólico paulista aponta promissor potencial eólico, em estudo sobre a velocidade de ventos e altitude em diversas regiões do Estado.

Resíduos sólidos

Nas residências do Estado de São Paulo, 27 mil toneladas de resíduos sólidos são recolhidas diariamente. Parte é usada na geração de biogás nos aterros sanitários. Caso fosse totalmente aproveitado, o potencial de geração de energia de todo o lixo no país seria suficiente para abastecer em 30% a demanda de energia elétrica atual do Brasil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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